Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Prêmio para a melhor matéria sobre corrupção

O jornalismo latino-americano tem contribuído para o conhecimento de importantes processos de corrupção nos países da região. Há inúmeros exemplos, e, sem dúvida, o aproveitamento privado dos recursos públicos continua sendo um fenômeno crescente, de acordo com os estudos especializados.

No que pese o prestígio de que goza, o jornalismo de investigação não é suficientemente incentivado. Pelos os objetivos a que se propõe, pode requerer tempo e recursos que não estão disponíveis, e às vezes sofre pressões ou perigos gerados por interesses contrários. Outro risco é o sensacionalismo da publicação, sob o nome de trabalhos insuficientemente documentados.

Por isso, as instituições convocantes decidiram se associar para trazer um estímulo importante ao jornalismo que investiga a corrupção com níveis de excelência – e acompanhadas de um júri de altíssima qualidade. Este estímulo consiste em um prêmio anual de 25 mil dólares para a melhor investigação sobre corrupção divulgada em um órgão latino-americano, e dois reconhecimentos especiais de 5 mil dólares cada um, destinados a pesquisas especialmente meritórias.

As organizações envolvidas com o prêmio são Transparency International, a organização que lidera mundialmente a luta anti-corrupção, através de seus colaboradores na América Latina e no Caribe Caribe (TILAC); e o Instituto Prensa y Sociedad (IPYS) uma prestigiada sociedade de jornalistas latino-americanos independentes, com sede em Lima. O projeto é também apoiado pelo Open Society Institute, com sede em Nova York, que aporta os fundos para o prêmio.

Os organizadores desejam incentivar a excelência jornalística na fiscalização dos assuntos públicos e contribuir para conhecimento dos processos de corrupção em toda a região.

Dos participantes

Podem concorrer jornalistas, ou grupos de jornalistas com uma ou várias investigações divulgadas em meio de comunicação da América Latina e do Caribe, e nos idiomas falados nos países em questão. Ao se inscrever, os grupos de jornalistas devem nomear um representante. Participam trabalhos divulgados em meios impressos, radiofônicos, televisivos ou eletrônicos. Não concorrem meios ou empresas. As investigações difundidas sem assinatura, ou sob pseudônimo, serão admitidas mediante um certificado de autoria emitido pelo órgão divulgador da reportagem. Associações ou meios podem inscrever um trabalho de um jornalista se cumprirem todos os requisitos já mencionados.

Dos trabalhos

Serão aceitos trabalhos publicados entre 1° de janeiro e 31 de dezembro de 2004, que tenham descoberto aspectos relevantes de um caso de corrupção, a partir de uma investigação própria. O tamanho é livre. Os trabalhos podem ter sido publicados em una série de edições. Também poderão concorrer séries de trabalhos sobre um mesmo caso. Não se aceitam livros. Podem concorrer trabalhos publicados em espanhol, português, ou inglês. Em se tratando de trabalhos de rádio e televisivo, será enviado um exemplar de cassete radiofônico ou de videocassete VHS ou NTSC, com indicação do órgão e certificado da data de emissão. Dos trabalhos impressos requer-se seis exemplares ou cópias anexadas em folhas tamanho carta A4. As investigações publicadas em meios eletrônicos participarão mediante envio de cópia impressa da página web correspondente, e o texto remetido em disquete com as especificações do Ponto 3.

As inscrições podem ser feitas na página (http://www.ipys.org/inscri_premiopor.shtml).