O Rio de Janeiro ganha um espaço de destaque para abrigar a história da imprensa no Brasil, que pretende se transformar em uma referência nacional de reflexão sobre a atividade jornalística. Na quarta-feira (9/4), na Academia Brasileira de Letras – Avenida Presidente Wilson 203, 1º andar, Centro –, às 19hs, será lançado o projeto do Centro de Cultura e Memória do Jornalismo, uma iniciativa do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, com patrocínio da Petrobras.
O evento se realizará na semana em que se comemora o Dia do Jornalista, 7 de abril, no ano do bicentenário da Imprensa Nacional e do surgimento da imprensa no país, e do centenário de morte de Machado de Assis, que iniciou suas atividades profissionais como jornalista aos 20 anos.
O Centro de Cultura e Memória do Jornalismo contará com um acervo permanente de peças históricas e organizar cursos, seminários e exposições, além de abrigar livraria, café, biblioteca e auditório. A interatividade, proporcionada pela tecnologia, será uma das marcas do Centro. O acervo documental incluirá depoimentos de jornalistas, que resgatarão a história do desenvolvimento do jornalismo nacional e de suas interseções com as trajetórias política, cultural, social e econômica do país. Um espaço de encontro e de pensamento voltado para profissionais, estudantes e a sociedade em geral.
O presidente da Associação Brasileira de Letras (ABL), Cícero Sandroni, defende o projeto e considera fundamental que seus administradores defendam a articulação de idéias com a Biblioteca Nacional, além de uma preocupação constante com a captação de recursos por meio de leis de incentivo fiscal, notadamente a Lei Rouanet.
O jornalista Marcelo Beraba lembra que o Centro pode desempenhar um papel importante na recuperação de acervos em estado precário de conservação, abrigados em instituições sem recursos para mantê-los. Para a jornalista Regina Zappa, a idéia do projeto é ‘fantástica’. ‘Com palestras e cursos, será possível integrar a imprensa à vida da cidade. É interessante que o cidadão comum saiba como o jornalismo é feito e como ele pode ser aperfeiçoado para atender melhor à população’, diz.
Inicialmente, o Centro funcionará em um portal, com os acervos já organizados e um guia de referência de fontes de pesquisa. Na segunda fase, o centro terá sua sede própria aberta ao público.
Mais informações
Eliete Pereira e Manoel Franco. Tel.: (11) 3906-2450