A Suprema Corte britânica reafirmou na quinta-feira [14/6] sua rejeição ao pedido do jornalista e ciberativista Julian Assange contra sua extradição para a Suécia. O fundador do site WikiLeaks é acusado de crimes sexuais no país, e ele buscava o direito de permanecer na Inglaterra, onde está desde o fim de 2010 em prisão domiciliar.
No fim de maio, a Suprema Corte decidiu pela extradição de Assange, mas seus advogados afirmaram que iriam recorrer da decisão. Apenas dois dias depois do pedido para que o caso fosse reaberto, veio a resposta negativa. Agora, as únicas alternativas para os advogados de Assange são recorrer ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos em Estrasburgo ou aceitar o pedido de extradição.
O ciberativista é acusado por duas mulheres de manter relações sexuais sem o consentimento delas. Ele refuta a acusação e alega que ela tem ligação direta com seu trabalho no WikiLeaks – o site já desagradou muitas autoridades, especialmente o governo americano, ao divulgar documentos confidenciais. Os advogados de defesa temem que a Suécia – que por enquanto diz querer apenas interrogar Assange – o entregue aos EUA. O caso na Suprema Corte britânica debatia se o promotor sueco que emitiu o mandado de prisão europeu tinha a autoridade necessária para fazê-lo. O tribunal concluiu, por cinco votos a dois, que o documento era válido. Com informações de Owen Bowcott [Guardian.co.uk, 14/6/12].