O Observatório da Imprensa relembra os 70 anos do fim da Segunda Guerra na Europa com uma entrevista especial com o cineasta Vicente Ferraz e o músico João Barone sobre o conflito que dizimou seis milhões de judeus e reordenou a geografia, a política e a economia mundial. Também participa do debate o jornalista Ricardo Bonalume Neto.
Na Europa e no resto do mundo os jornais lembraram os 70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial com o devido destaque. Aqui, o fato não mereceu o olhar aguçado da mídia. O ponto dissonante ficou por conta do nosso cinema com o longa “A Estrada 47” de Vicente Ferraz, já considerado o melhor filme nacional produzido sobre a FEB – Força Expedicionária Brasileira – e à altura da participação do Brasil no conflito mundial.
A ficção conta a história de um esquadrão de soldados brasileiros caçadores de minas terrestres nos montes gelados da Itália. No grupo heterogêneo há um negro, um nordestino e um jornalista correspondente de guerra. O diretor explica que quis desfazer a imagem maltrapilha dos soldados da FEB, “mas sem ser ufanista, sem heroísmos”.
Outro expoente pesquisador do assunto, o músico João Barone também é convidado doObservatório da Imprensa. Baterista do grupo Os Paralamas do Sucesso, Barone é filho de ex-combatente e já produziu dois documentários e dois livros sobre o acontecimento que o fascina desde criança. O artista já prepara uma minissérie sobre o conflito porque acredita que “é importante falar sobre o tema, conhecer sua história e valorizar seu passado”.