Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.
Você vai ver algumas cenas de um filme dos anos 50 e que comoveu algumas gerações. Chamou-se Suplício de uma Saudade, com William Holden que fazia o papel de um correspondente na guerra da Coréia. Este tema musical ainda hoje serve como fundo de novelas enquanto a figura do correspondente de guerra continua romantizada pelo cinema e pela literatura.
Ernest Hemingway ajudou a criar o mito deste soldado que não precisa combater, repórter envolvido pelo heroísmo que não precisa ser herói. O correspondente que acompanha as tropas veste uniforme mas não pode usar armas. No entanto, o seu armamento feito de palavras mesmo que dirigido aos corações e mentes da retaguarda pode influir decisivamente no ânimo de quem está na linha de frente.
O World Trade Center em 11 de setembro foi um campo de batalha para centenas de jornalistas, durou menos de duas horas mas foi visto por centenas de milhões de espectadores. Os ataques de Antraz e uma eventual guerra biológica provavelmente jamais serão registrados mas seus efeitos poderão ser devastadores.
A guerra moderna, por controle remoto, quase invisível, mudou completamente o papel do correspondente. Ele vê menos e analisa mais. Talvez corra menos riscos físicos mas enfrenta perigos maiores porque na era da informação a informação é explosiva.
Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm