Bem-vindos ao Observatório da Imprensa. No tocante à corrupção, há consenso: ela precisa ser urgentemente neutralizada. A discordância está na questão dos métodos para impedir que a corrupção tome conta do Estado brasileiro, sobretudo do Legislativo, e se eternize, graças à imunidade dos parlamentares. Nossa Suprema Corte já decidiu: candidatos só podem ser impedidos de concorrer quando forem condenados sem condições de apelar às instâncias superiores. Mas a Associação Brasileira de Magistrados tem uma visão diferente: a presunção de inocência não vale para o exercício de uma função pública. O que fazer? Esperar? Perder a oportunidade de iniciar o saneamento do Legislativo já nas próximas eleições quando se renovam os mandatos dos vereadores? O ministro Ricardo Levandowski sugere uma alternativa. Os partidos políticos deveriam fazer a primeira depuração na lista dos candidatos. Cabe a eles saber quem merece representar a sua sigla. O ministro está certo. Mas será que os nossos partidos políticos estariam dispostos a perder os votos de candidatos que, embora suspeitos, são muito populares? Então chegamos à imprensa. Deve ela contentar-se em veicular este debate sem atuar afirmativamente no processo? Se a imprensa goza de privilégios outorgados pela Constituição, ela não estaria obrigada a uma contrapartida oferecendo à sociedade sua capacidade de investigar suspeitos? Uma coisa é certa: não podemos perder tempo. Assista ao compacto desse programa em:
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