Bem-vindos ao Observatório da Imprensa. O seringueiro Chico Mendes foi assassinado há vinte anos como represália contra a sua cruzada pela preservação da Amazônia. Os assassinos, um fazendeiro e o seu filho, foram condenados a 19 anos. O pai está em prisão domiciliar e o filho que estava livre foi condenado novamente pelo assassinato da sua madrasta. Ninguém fala mais em Chico Mendes. Seu nome sequer foi lembrado ontem [1/12] na solenidade que marcou o lançamento do Plano Nacional Sobre Mudança do Clima, o qual pretende uma redução drástica do desmatamento da Amazônia até 2017. A mídia trata freqüentemente do desmatamento da Amazônia. Menciona as últimas estatísticas, discute o placar da destruição ambiental como se fosse uma grande partida de futebol, mas a sociedade brasileira ainda não foi convocada para continuar a campanha de Chico Mendes em favor do desenvolvimento sustentável da Amazônia. Aceitamos como inevitável a catástrofe de Santa Catarina, nos resignamos com a seca que assolou a Amazônia há dois anos, a condição de país do futuro serve como justificativa para todas as nossas mazelas. Chico Mendes transformou-se em passado e nós não gostamos em mexer no passado mesmo quando se transforma em real ameaça à nossa sobrevivência. Assista ao compacto desse programa em:
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