Bem-vindos ao Observatório da Imprensa. A indignação, em geral, dura pouco. Mas no caso da absolvição do senador Renan Calheiros, a revolta parece firme, consistente e não dá sinais de que vai arrefecer. O problema não é a absolvição em si mas a forma adotada para realizar o julgamento. E aqui entramos na esfera deste Observatório. O black-out informativo imposto pela presidência do Senado na quarta-feira passada foi uma opção pela clandestinidade. Ao invés da transparência e da visibilidade adotou-se a fórmula do apagão. A presença da mídia incomodava aqueles que defendiam o mandato de Renan mesmo numa votação onde o voto seria secreto. E para que o sigilo fosse absoluto, a mesa do Senado decidiu que não haveria ata da sessão, nem registro taquigráfico dos discursos. Para o Senado brasileiro não existiu o dia 12 de outubro, foi um dia em branco, um buraco negro na história do nosso parlamento. Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm