Bem-vindos ao Observatório da Imprensa. Você está com uma arma poderosa ao alcance da mão e talvez não saiba disso. Olhe para ela, parece inofensiva mas pode ser mortal. Esta arma chama-se controle remoto. Você aperta um botão e não apenas muda de canal ou de programa mas pode decidir o futuro de uma programação, de um produto, de um projeto ou até mesmo de uma emissora. Em teoria o controle remoto é o instrumento da concorrência e da pluralidade. Em teoria. Na prática, no Brasil, o controle remoto tem servido mais no âmbito da tv paga do que na tv aberta. Temos oito redes nacionais mas na realidade o predomínio é da Rede Globo. Honra ao mérito: o padrão Globo de qualidade em todos os campos e gêneros coloca-a em posição hegemônica. Em fevereiro a audiência média da Globo foi de 47 pontos. Isso significa que o controle remoto foi pouco usado. É bom para a Globo, pode ser bom para o telespectador mas é ruim, muito ruim para a pluralidade de opções. O quadro pode mudar porque no domingo a Rede Record depois de muita badalação lançou a sua novela ‘Metamorphoses’ com a direção de Tizuka Yamazaki e ontem a Bandeirantes começou o novo formato do seu jornal, o jornal da Band ancorado por duas estrelas do jornalismo global, Carlos Nascimento e Joelmir Betting. Há poucas semanas a Tv Cultura deu uma nova dimensão ao seu jornalismo noturno e à sua cobertura esportiva, adaptando-as ao conceito da Tv Pública, diferenciada, independente de interesses comerciais. Isto significa que existe vida além da Globo. É uma grande notícia. Prepare-se, você agora pode pensar em escolher. O controle remoto vai começar a funcionar. Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm