Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.
O que é que você espera de um crítico de Tv? Espera-se que, no mínimo, ele assista aos programas que pretende criticar para cumprir com a sua obrigação.
Bem, isso é o que deveria acontecer em condições normais, onde não existe preconceito nem ressentimento. Um dos críticos de Tv da Folha de S. Paulo não viu e não gostou do nosso último programa quando tratamos da violência na Tv, dos video-games e desenhos animados.
Neste mesmo programa, o secretário nacional de Direitos Humanos lançou a idéia de um dia nacional da não-violência na Tv, quando as emissoras procurarão eliminar da programação todos os apelos agressivos. Em nenhum momento do programa foi aventada a hipótese de omitir notícias nos telejornais. Ao contrário, foi dito e repetido que um fato violento não precisa ser necessariamente reportado com violência. Mas o crítico da Folha que misteriosamente deixou de desancar a Tv Globo, agora precisa bater em alguém. Com ou sem razão. E nos últimos meses resolveu dirigir o seu furor contra a rede pública de Tv, a TVE e a Tv Cultura. Parece até que está a serviço da Abert.
Ele tem direito de dizer o que lhe dá na veneta, inclusive de considerar este programa como o cemitério do jornalismo. Ele tem toda a razão: aqui estão sepultados os jornalistas que escrevem sobre o que não viram. Aqui jazem os que confundem seus problemas pessoais com o interesse público. Mas esse crítico da Folha não tem o direito de dizer que a alegria dos pobres é aparecer na Tv, para serem humilhados. Isso é ir longe demais na irresponsabilidade e na subserviência às redes comerciais.
Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm