Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.
Você reparou, todos repararam que ontem foi o dia mundial da luta contra a Aids. A mídia brasileira mostrou o seu poder de fogo e conseguiu mobilizar a opinião pública para os estragos que o vírus do HIV vem causando e ainda causará. Hoje, o assunto esfriou. Amanhã, com certeza, desaparecerá do noticiário até o dia primeiro de dezembro de 2004 quando todos se lembrarão de que é hora de falar novamente sobre o assunto.
Este é o problema: a Aids, enquanto epidemia, pode ser tratada pela medicina. Mas o meio mais eficaz para preveni-la é a informação. Informação constante, regular, intensa e, sobretudo, informação veraz.
Entre 49 mil e 70 mil pessoas morreram de Aids neste ano aqui na América Latina. Três milhões em todo o mundo. Quarenta milhões estão infectados. As cifras são assustadoras, certos países da África podem desaparecer.
Esta é uma guerra que a humanidade está perdendo para a ignorância. Parte desta legião de mortos não teve acesso aos meios de comunicação, vivia na miséria absoluta. Mas outra parte ouviu as advertências e não as levou a sério, não se cuidou. Ou porque os alertas não foram suficientemente fortes ou excessiva foi a ilusão de que a ciência dará um jeito de encontrar uma solução. Este é um otimismo desastroso.
Nestes 20 anos desde que os franceses isolaram o vírus da Aids existem várias teorias para explicar a origem e a virulência da doença. Mas o único consenso refere-se à informação – esta é uma vacina que qualquer um de nós pode aplicar. O dia da luta contra a Aids deve repetir-se todos os dias.
Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm