Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.
Você já guardou o título eleitoral, já esqueceu a tensão que envolveu a eleição americana mas você sabe que a vida política numa democracia gira sempre em torno de eleições. As últimas e as próximas. O nosso pleito foi municipal, o pleito americano foi presidencial mas destas duas disputas políticas sobrou um confronto extremamente importante que certamente já está sendo cogitado para futuras eleições. Este confronto envolve de um lado o marketing político, do outro lado a comunicação política e, por trás deles, a estratégia ideológica.
O marketing político e os marqueteiros políticos andaram muito na moda, já falamos muito sobre os perigos da secundarizar o confronto de idéias em benefício dos truques publicitários e você certamente já ouviu falar no vedetismo dos marqueteiros que tropeçaram nas armadilhas da fama. Com os resultados da eleição paulistana este ‘marquetismo’ perdeu a sua aura de infalibilidade. O candidato vitorioso ganhou por seus méritos mas também em grande parte graças ao engenho dos seus comunicadores e estes comunicadores praticamente desconhecidos eram oriundos do jornalismo. Mas curiosamente na terra do tio sam, terra natal do marketing político, quem ganhou a contenda não foram marqueteiros nem comunicadores.
O grande artífice da vitória de George W. Bush foi o estrategista político da Casa Branca. Karl Rove trouxe para as hostes republicanas os fundamentalistas religiosos ausentes nas eleições de 2000. Apostou todas as fichas na atração daqueles que se dizem tementes a deus. Apesar do quarto mandamento que proíbe invocar o nome do senhor em vão, Rove e Bush ganharam a eleição. Quatro anos passam rápido, dois anos passam ainda mais rápido. Mesmo com títulos eleitorais guardados na gaveta vale a pena prestar atenção no que vamos discutir.
Assista ao compacto desse programa em:
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