Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.
A eleição de domingo, momento maior da democracia brasileira, quase foi escurecido por uma absurda sentença judicial que trouxe de volta por um dia a censura prévia em nossa mídia. A violência já foi reparada por outra sentença judicial, o Correio Braziliense voltou a circular livremente. Mas você que acompanha este Observatório sabe que aos poucos estamos sendo forçados a conviver com censurazinhas sob os mais variados pretextos. Tudo acabou bem mas você não pode ignorar o perigo que corremos.
Depois da tensão eleitoral, hoje queremos que você descontraia e ria um pouco. Ou pelo menos sorria. Vamos tratar dos caricaturistas ou chargistas ou, se quiserem, cartunistas. Há sutis diferenças entre essas designações mas todas elas têm a ver com humor, riso, sátira, gozação, crítica. A comédia existe desde a antiguidade, o ser humano gosta e precisa rir. Sobretudo dos outros. E a caricatura é a representação gráfica da compulsão universal para achar graça e divertir-se. Mesmo com coisas sérias. Imprensa e caricatura não podem ser dissociadas, as histórias do jornalismo e da charge se cruzam, razão pela qual este Observatório vai tratar do humor visual depois da série de edições onde tratamos de coisas seríssimas e pouco risíveis como eleições proporcionas, pesquisas, debates etc. Falar de caricatura é mais do que oportuno porque desde ontem temos um novo elenco de caricaturáveis aparecendo em cena enquanto a troupe antiga prepara-se para deixá-la certamente aliviados porque se o exercício do poder faz bem, ser alvo do poder dos caricaturistas costuma ser penoso. E os que vão entrar não sabem o que os espera. Como disse Millôr Fernandes na sua coluna do JB: imprensa é oposição, o resto é armazém de secos e molhados.
Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm