Wednesday, 04 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1316

Jornalistas na mira do terror

Com 11 jornalistas mortos na Síria e no Iraque só em 2014, o Observatório da Imprensa volta a tratar da dificuldade dos profissionais de informar em zonas de conflito, principalmente no Oriente Médio. As decapitações de jornalistas são postadas na internet, como foi o caso de Stephen Sotloff, de 31 anos, que escrevia para as revistas Time e Foreign Policy, e chocaram o mundo. A cena é recorrente e foi divulgada pelo Estado Islâmico através do grupo de monitoração terrorista SITE. Há poucos meses, um vídeo com o assassinato de outro jornalista americano, James Foley, também foi divulgado como protesto à política de Obama.

Atualmente, há mais de 30 jornalistas em poder do Estado Islâmico. A imprensa é feita refém para se tornar porta-voz dos interesses dos sequestradores. Os terroristas também utilizam as mídias sociais, especialmente Facebook e Twitter, onde não há censura, para fazer campanhas de adesão às suas causas.

A Campanha Emblema para a Imprensa (PEC, na sigla em inglês), entidade com sede em Genebra que defende a criação de regras internacionais para proteger jornalistas em zonas de guerra, emitiu nota de protesto contra a barbárie do assassinato do segundo jornalista americano, pedindo ação urgente do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Líderes europeus, além do presidente americano já iniciaram ofensivas aos jihadistas, mas ainda nenhuma proteção efetiva foi tomada para proteger os profissionais de imprensa.

Para discutir o assunto, Alberto Dines recebe o historiador e professor Murilo Sebe Von Meihy, o jornalista e escritor Leão Serva e o professor de Relações Internacionais Fernando Brancoli.