Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.
Nas jornadas de junho não havia cartazes nem faixas exigindo maior acesso às informações, mas a Lei de Acesso à Informação, promulgada há 14 meses, está sendo decisiva para alimentar as demandas da sociedade.
Transparência ou opacidade fazem a diferença numa democracia. Os representantes do povo esquecem disso depois de eleitos ou escolhidos. Acreditam-se isentos de qualquer prestação de contas, imaginam-se acima de qualquer fiscalização e escrutínio, pretendem uma intocabilidade que só existe numa monarquia absolutista.
Por mais ágil, responsável e pluralista que seja a imprensa, sem um sistema eficaz de saca-rolhas, a sociedade torna-se cega, surda e, sobretudo, alheia ao que está acontecendo nas diferentes esferas e instâncias do poder.
Este Observatório já tratou do acesso à informação na véspera da entrada em vigor da lei, assinada pela presidente Dilma Rousseff, em maio do ano passado. Agora é hora de examinar resultados, verificar falhas e, principalmente identificar os focos de resistência ao pleno acesso.
A dinâmica do processo democrático não admite que nos contentemos com as façanhas antigas. A sociedade é insaciável, quer saber muito mais.