Bem-vindos ao Observatório da Imprensa. O que pretende um terrorista? A resposta é óbvia, o terrorismo pretende aterrorizar. E para que a ação não fique limitada às vítimas, o terror precisa multiplicar os efeitos da sua violência. O terrorismo vive da divulgação. Sem a mídia o terrorismo condena-se ao fracasso por mais bárbaros que sejam os atentados. Por outro lado, pretender o silêncio dos meios de comunicação diante de um banho de sangue equivale a transformar a imprensa num mero joguete do poder político. A mídia não pode ser refém nem dos governantes nem dos terroristas. Para isso é indispensável que negue-se a validar os atos de terror. Se a mídia entra no jogo de que os fins podem justificar os meios, breve teremos terroristas jogando bombas atômicas a qualquer pretexto. Por piores que sejam as políticas dos presidentes Bush e Putin frente ao terror não pode a mídia entrar no jogo dos terroristas e, por oposição a Bush e a Putin, legitimar as carnificinas que hoje ocorrem pelo mundo afora. A violência política é uma negação da política porque elimina a negociação, a busca de saídas. O terrorismo é um beco sem saída, é a guerra absoluta, guerra total onde não há inocentes, todos são culpados e todos podem ser vítimas. O banho de sangue na escola em Beslan na Ossessia do Norte com quase 400 vítimas, metade delas crianças, serviu para mostrar que para os terroristas todos os que não são terroristas são adversários. Inclusive a própria mídia. Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm