Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.
Hoje vamos tratar do Brasil novo e do Brasil velho. O Brasil velho é representado pelo caso do ex-juiz Nicolau Santos, vulgo Lalau. No último fim de semana a mídia estava furiosa com a negociação que culminou com a rendição daquele que está sendo considerado o maior corrupto de todos os tempos. Outra estrela da corrupção, a advogada Jorgina de Freitas foi presa depois de negociar com as autoridades.
Nos Estados Unidos os chefões da máfia também se entregam depois de negociar com a Polícia Federal. Na verdade, a mídia só queria a foto do juiz algemado. Apenas isso. À sociedade interessa que se faça justiça. À mídia interessa o espetáculo da justiça.
Para a sociedade não faz diferença que um criminoso foragido se renda ou seja capturado. Importa que no fim do processo judicial o criminoso vá cumprir a sua pena no xilindró, atrás das grades. A questão das algemas do juiz é o tema da nossa urna de hoje. Participe, vote. Esta é a nossa última edição, ao vivo, do ano 2000.
Escolhemos como tema o retrato do Brasil novo. Este país diferente começa a ser desenhado com os primeiros dados do novo censo realizado pelo IBGE. Também começa a aparecer em radiografias setoriais como a que está nesta edição da revista Época.
A grande imprensa, em geral, fica de olho no triângulo Rio-São Paulo-Brasília, esquecida do outro país, muito maior e talvez melhor. Na verdade, o roteiro das reportagens no Brasil vem sendo determinado por uma ‘razão jornalística’ nem sempre voltada para o interesse da maioria. Há uma pauta, secreta e poderosa, conduzida pelo espetáculo e pelos índices de audiência e outra, mais palpitante, mais generosa e solidária, que poucos veículos se animam a cobrir regularmente.
Exatamente há um ano, na véspera do ano dos 500 anos, fizemos um mergulho no Brasil profundo sugerindo o redescobrimento jornalístico do pais. Hoje, continuamos esta expedição. participe, embarque nela também.
Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm