Bem-vindos ao Observatório da Imprensa. Alguma coisa contra os avanços tecnológicos? Teoricamente ninguém deveria ser contra o progresso, mas o progresso produz mudanças e as mudanças nem sempre são aceitas com unanimidade. Assim como o livro impresso liberou o conhecimento, a internet liberou principalmente entretenimento. Os anarquistas do século XIX queriam abolir o estado e a propriedade, neste início do século XXI o alvo é a propriedade intelectual fechada, inacessível. Este é um debate inadiável porque a mesma tecnologia que popularizou a pirataria de CDs e DVDs está ampliando de forma extraordinária o acesso de novos públicos, principalmente na esfera da música popular, cinema e jogos. A esta altura, com a velocidade da rede mundial de computadores, é impossível retroceder, blindar o You Tube ou impedir a intermediação propiciada pelo Kazaa. Mas os direitos do autor e os direitos de imagem não podem simplesmente evaporar. Criadores e intérpretes não podem ser condenados à marginalidade, sem eles não há avanços nem progresso. No caso da imprensa e do jornalismo as coisas são menos complicadas: notícia não tem dono, a reprodução de uma manchete é livre, caso contrário estaríamos prejudicando o livre fluxo das informações, essência da democracia. Mas se a globalização é para valer, a noção de propriedade intelectual precisa ser amplamente discutida. Assista ao compacto desse programa em:
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