Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.
Você conhece esta história: quando a mídia comporta-se com discrição, ela é acusada de conivente. Quando põe a boca no trombone, fala-se em linchamento midiático. Onde fica a justiça, qual a medida correta para o comportamento da imprensa?
Este Observatório foi criado dentro do pressuposto que a mídia precisa ser cobrada, intensamente cobrada – isto é essencial para o seu aperfeiçoamento e também é essencial para o processo democrático. Mas a recente onda de denúncias envolvendo figuras do primeiro escalão federal sugere desdobramentos importantes.
Exemplo: na ânsia de repercussão, a imprensa não estaria descurando dos grandes escândalos locais como os casos da máfias dos fiscais em São Paulo e o propinoduto no estado do Rio? Outro exemplo: as corregedorias e ouvidorias dos outros poderes não deveriam ser mais atuantes para evitar que as infrações sejam investigadas antes de chegar à mídia? E a mídia, também ela não escorrega em falhas de caráter deontológico e ético? Não há nepotismo nas redações?
Estas são perguntas que não precisam ser respondidas mas devem ser mantidas, lembradas. A lisura e a decência no trato da coisa pública não podem estar sujeitas a surtos, ondas e modas. A ética e a moral são maiores do que os códigos setoriais. São opções coletivas, valores permanentes.
Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm