Wednesday, 04 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1316

Regulação da mídia

 

Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.

Para o leitor, ouvinte ou para o telespectador as palavras regulação, autorregulação ou marco regulatório soam distantes, sem grande palpitação. Mas para jornalistas, políticos ou acadêmicos, regulação, autorregulação e marco regulatório podem ser explosivas.

Em julho de 2011, quando o jornal inglês "The Guardian" revelou o escândalo das escutas telefônicas feitas pelos repórteres a serviço do tabloide "News of the World", regulação e autorregulação entraram para o vocabulário corrente. Menos de dois anos depois, tivemos diversos jornalistas do tabloide presos, o jornal fechado, uma comissão parlamentar de inquérito instalada e agora suas surpreendentes conclusões divulgadas e aprovadas pelos três principais partidos do Reino Unido.

Depois de quase quatro séculos de total liberdade de impressão, a Inglaterra parece prestes a enterrar a doutrina da autorregulação voluntária – que não conseguiu evitar abusos – e adotar um paradigma mais interventor.

No México, o novo presidente Henrique Peña Nieto, de centro direita, também está disposto a empreender mudanças e anunciou uma intervenção no segmento das telecomunicações, contrariando grupos como a Televisa, que o ajudaram a eleger-se.

Inevitável, a questão regulatória está na ordem do dia. Mesmo longe daqui.