Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.
A mídia internacional foi uma das protagonistas da troca de pontífices e assim continuará daqui para a frente. Na verdade, a mídia é a protagonista em todos os negócios humanos mesmo que as motivações sejam espirituais ou morais.
Estavam na mídia as razões que levaram Bento XVI a abdicar. Foi a mídia que tornou pública sua convocação para a renovação após o inédito gesto. Foi a mídia que, em seguida à escolha de Jorge Mario Bergoglio, levantou as primeiras restrições oriundas da Argentina.
O secretismo que envolve a Santa Sé dificilmente será rompido, o significado dos seus comunicados continuará hermético mas, apesar disso, a mídia continuará sendo o palco onde transcorrerão todos os lances da história futura do menor e talvez mais visível estado do mundo.
Apesar da legião de vaticanistas convocados pela mídia para explicar e antecipar os acontecimentos, a verdade é que a mídia não consegue satisfazer a sede de saber daqueles que querem algo mais denso do que os 140 caracteres de um tuite. A cobertura isenta e objetiva da instituição mais antiga da humanidade e seus desdobramentos nas esferas política, econômica, moral e espiritual exige novos cânones de jornalismo. E estes cânones foram expostos pelo próprio Papa Francisco aos cerca de quatro mil jornalistas reunidos em Roma no último sábado: buscar a verdade, a bondade e a beleza.
Em matéria de jornalismo, o Papa está aprovado.
Será que ele assistiu a algum de nossos programas?