Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.
Você sabe que este programa começou na internet e continua na internet. E isto se deu porque a internet é intrinsicamente democrática, acessível e participativa. A tecnologia, por casualidade, cria sempre grandes oportunidades políticas que não se pode desperdiçar.
Desprezar os avanços pode significar retrocessos. Assim foi com a adoção do alfabeto na Grécia combatido até por um filósofo do porte de Sócrates que preferia a palavra memorizada à palavra escrita. Assim foi com a tipografia desenvolvida por Gutenberg que os livros disponíveis às massas. E assim também deve ocorrer com o jornal virtual capaz de converter o leitor passivo num cidadão ativo e participativo.
A redemocratização do país deu-se antes da explosão da informática mas a criatividade brasileira soube aproveitar-se da informática: de um lado, o voto eletrônico adotado no Brasil que remete o sistema eleitoral dos Estados Unidos para a idade da pedra. Por outro lado a internet, converte-se rapidamente num precioso veículo de informação para aquele eleitor que dispõe de um terminal.
Sem limitações de espaço ou tempo nem restrições de caráter legal a informação política e o debate eleitoral ganham com a internet uma nova dimensão mais ampla e diversificada embora mais restrita do que o horário eleitoral no rádio e tv. A mídia eletrônica, nela compreendida a internet, hoje substituiu-se ao comício e à manifestação de rua. O comício pode oferecer mais calor e emoções mas a eleição digerida dentro de casa torna-se mais perene. Por isso mais sujeita a abusos.
E neste Observatório da Imprensa não podemos perder de vista que além dos benefícios a internet pode se tornar uma terra de ninguém. O que nos leva à eterna questão: regulamentar não é o primeiro degrau para a censura? Mas em compensação sem regulamentar não corremos o perigo de criar um vale tudo ponto com?
Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm