Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.
Você é testemunha, você viu tudo, você pode julgar. A sociedade brasileira está estarrecida e aterrorizada mas a sociedade está informada, ela sabe o que aconteceu porque a imprensa, a mídia estava lá. Difícil mentir, enganar, manipular. Muitas mães ficaram chocadas com a transmissão ao vivo durante quatro horas do seqüestro do ônibus no Rio de Janeiro.
Era o início da noite, as crianças estavam em casa e choravam nervosas. A culpa não foi da imprensa, foi de quem deixou crianças assistir o que não deviam assistir. Você também é testemunha de como este programa tem sido crítico com relação ao desempenho da imprensa. Mas desta vez a imprensa fez o que lhe competia fazer. E foi porque a imprensa cumpriu com o seu papel é que escancarou-se a omissão de algumas autoridades que ficaram caladas algumas horas até que se soubesse o que havia acontecido com o bandido e com a refém.
O governador Garotinho não tem razão quando acusa a imprensa de se deixar fascinar pela violência porque foi ele que manteve-se calado sem informar o capítulo final da tragédia.
Foi porque a mídia cobriu o caso como devia é que o pai da estudante matogrossense descobriu que a sua filha não havia sido baleada. Agora cabe à imprensa acalmar a população, não exacerbar os ânimos, evitar linchamentos físicos e morais.
Hoje pela manhã um sargento da PM foi morto aqui no Rio de Janeiro ao reagir a um assaltante num ônibus. Significa que não se pode generalizar as críticas ao comportamento da polícia.
Em momentos assim não se deve generalizar coisa alguma. A informação é o melhor antídoto para combater o pânico e a histeria.
Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm