Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.
Você teve um choque quando viu as manchetes dos jornais na semana passada: 600 mil brasileiros assassinados em 20 anos, 30 mil por ano, aumento de 95% nas taxas de mortos por armas de fogo na faixa entre 15 a 24 anos.
O IBGE prestou um grande serviço à sociedade ao flagrar com números tão precisos as dimensões da guerra brasileira. Mas agora depois do trauma cabe perguntar: esta violência caiu do céu, foi inventada? Quem estimula o consumismo desbragado, quem erotiza as crianças precocemente, quem banaliza a violência?
A mídia certamente não é a culpada mas a mídia é certamente uma das parceiras na transformação da antiga ‘sociedade cordial’ nesta terra de ninguém da qual a Rocinha não é caso isolado.
E a mídia eletrônica, sobretudo a televisão e mais ainda a televisão comercial e aberta, no lugar de estimular o horror dissemina o convívio com as diferentes brutalidades fazendo delas a matéria prima básica da sua programação.
Mas a batalha não está perdida. Enquanto as gangues de traficantes disputam o controle da Rocinha neste mesmo Rio de Janeiro reúne-se a 4ª Cúpula Mundial de Mídia para Crianças e Jovens onde junto com os problemas estão sendo mostradas as soluções para fazer da mídia um antídoto contra a violência.
Este Observatório existe porque acredita na imprensa, este Observatório existe porque acredita na mídia como fator de humanização e não de barbárie.
Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm