Comentário de Ubirajara Oliveira, jornalista, Rio de Janeiro
Hoje é mais um dia. O sol nasce e brilha na Cidade Olímpica. Horário de verão. Praias. Tudo fartamente trabalhado na mídia. Imagens e sorrisos. Mesmo que as escolas funcionem precariamente, os hospitais não atendam as necessidades e o desemprego volte a ser assunto debatido.
O Rio de contrastes é também o Rio de uma família que chora a dor de ter tido um filho morto, barbaramente assassinado por homens que dominam bairros inteiros da Cidade Maravilhosa. Um filho que também era marido e pai de uma criança que ainda vive a segurança do ventre da mãe que também chora.
Por que tamanha violência? Não se justifica, mas é simples responder… Ele era um policial militar. Só isso! Então pra que suítes nas redes de mídia? Discursos inflamados dos “defensores dos direitos humanos”? Não, nem pensar. Passeatas; Perguntas ou afirmações? Nada disso, afinal era um PM. Mesmo que também fosse um filho, irmão, marido, amigo e pai de um “carioquinha” que um dia vai perguntar sobre a morte do pai. E aí quem vai responder?