ECONOMIA DE GUERRA
Quando ficou claro que os EUA atacariam o Iraque, o chefe de operações da CBS, Frank Governale, reuniu um punhado de repórteres, editores, produtores e cameramen em uma sala com uma parafernália de equipamentos portáteis e softwares. Eles deveriam desenvolver o melhor sistema portátil possível para correspondentes de guerra.
O trabalho deu novo visual à reportagem de guerra da emissora, com jornalistas transmitindo ao vivo de tanques sob fogo inimigo, afirmou Penelope Patsuris [Forbes, 7/4/03]. Mas mesmo após o término do ataque, os novos meios para os quais a tecnologia está sendo usada terão grande impacto tanto na aparência do noticiário, como em seu modelo de negócio. "Os elementos não são novos", disse Governale, "mas a maneira de combiná-los para obter rapidez imediata e economia de custos, sim."
A indústria estima uma economia de 50% a 60% nos gastos anuais do setor de notícias. Desde que telefones via satélite mostraram-se providenciais durante a guerra, Governale planeja cortar custos usando-os nos EUA mesmo em tempos de paz, em vez dos tradicionais caminhões de satélite móvel, que custam de US$ 2.500 a US$ 3.500 por dia de aluguel. Os caminhões ainda serão essenciais para cobrir um evento ao vivo em local remoto, como o desastre da nave espacial Challenger, e para reportagens em locais remotos que devam ser enviadas para o estúdio o mais rápido possível, para transmissão posterior.
Governale diz que o telefone via satélite, cuja aquisição custa US$ 6.500, pode transmitir imagens para o centro de transmissão da emissora por custo bem menor. "Podemos economizar muito dinheiro gasto em caminhões e aparatos de transmissão alugados."