Tuesday, 26 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

A guerra continua

CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA

Um poderoso grupo de marqueteiros americanos está juntando argumentos legais baseados na Primeira Emenda (que garante a liberdade de expressão) para tentar extinguir a legislação que restringe anúncios publicitários de filmes, músicas e videogames violentos.

No ano passado, a Federal Trade Comission (FTC) desenterrou memorandos internos detalhando como companhias de publicidade rotineiramente miram em crianças o marketing de jogos, filmes e músicas violentos. Desde então, afirma Vanessa O?Connell [The Wall Street Journal, 25/7/01], congressistas têm se esforçado para achar formas de evitar o marketing de produtos violentos para crianças.

Em abril, o senador democrata Joseph Lieberman apresentou o Media Marketing Accountability Act. Projeto semelhante foi apresentado na Câmara em junho. Ambas visam a dar ao governo autoridade para multar produtos violentos dirigidos a crianças. A Associação de Anunciantes Nacionais (ANA) planeja contra-atacar em audiência no Senado para discussão do sistema de classificação etária do entretenimento.

"O Congresso não pode censurar a liberdade de expressão e barrar as comunicações", afirma Daniel L. Jaffe, lobista da ANA. O que preocupa a associação e a indústria do entretenimento é o fato de a legislação restringir anúncios que alcançam grupos maiores que o composto por crianças com menos de 17 anos. A ANA afirma que, se as novas regras forem aprovadas, diversos anúncios que vão ao ar em horário nobre ou que são publicados em revistas e outras publicações poderão ser proibidos, mesmo que a maioria dos telespectadores seja maior de 17 anos. Segundo o grupo, a definição de público-alvo utilizada pela FTC é muito ampla.

    
    
                     

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