Wednesday, 18 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1318

A lista de Chávez

TELETIPO

O presidente venezuelano Hugo Chávez, acusando a grande mídia de caluniar seu governo, fez uma lista dos jornais que defendem suas políticas e publicam matérias positivas. Segundo o presidente, dezenas de jornais comunitários listados irão relatar seus feitos na tentativa de reconstruir o país após décadas de corrupção ? esforço que o líder populista chama de sua revolução. Isto é coisa que "grandes jornais raramente fazem", declarou Chávez, acrescentando que seus apoiadores irão criticar o governo de forma "objetiva". Recentemente, o presidente se enfureceu com editorial do diário El Nacional, que avaliou sua viagem ao exterior como um fracasso. "Eles não têm vergonha. Não têm o menor senso de nacionalismo", respondeu o político. As informações são da Associated Press (29/10/01).

Após ser avisado por um repórter, o sítio britânico da livraria virtual Amazon retirou a imagem de um livro à venda. Escrito em árabe, a capa exibia a foto de um príncipe saudita em trajes tradicionais e um avião atravessando o topo de um arranha-céu, que tem a forma de um buraco de agulha. No clima atual, era difícil não lembrar do atentado ao World Trade Center. Mas o livro, cujo título traduzido para o português seria "Minha história com o arranha-céu Alwaleed bin Talal", é sobre um prédio em construção em Riadi, na Arábia Saudita. A única ligação com o WTC, observa Susan Stellin [The New York Times, 29/10/01], é o fato de ser financiado pelo príncipe Alwaleed bin Talal bin Abdul Aziz al-Saud, o mesmo que ofereceu uma doação de dez milhões de dólares para o fundo de reconstrução das torres, recusado pelo prefeito Rudolph Giuliani em razão das críticas do príncipe à política americana em relação a Israel.

No Sudão, o publisher e editor geral de um jornal de oposição foram libertados sob fiança após três dias de detenção. A polícia havia detido Alfred Taban, presidente do conselho do Khartoum Monitor, e o editor Nihal Bol sob acusação de minar a segurança do Estado. Os dois devem voltar à delegacia para serem novamente interrogados sobre artigos que criticavam o governo, publicados um junho. Informa a Associated Press (27/10/01) que o Monitor critica o regime islâmico do presidente Omar el-Bashir por seu desrespeito aos direitos humanos, e dá destaque aos eventos do sul do país, onde cristãos e rebeldes animistas lutam por autonomia.

    
    
                     

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