JORNALISMO ECONÔMICO
A postura dos jornalistas financeiros com relação a seus investimentos pessoais continua sendo tema polêmico na imprensa americana. Segundo reportagem do Online Journalism Review [26/8/03], cada veículo de comunicação tem suas próprias regras.
Os repórteres que trabalham em tempo integral no sítio CBSMarketWatch.com, por exemplo, estão proibidos de negociar, num período de 48 horas antes ou depois, ações de empresas sobre as quais tenham escrito. Além disso, não podem ter papéis de companhias que cobrem regularmente. Já no concorrente TheStreet.com, os funcionários estão proibidos de ter qualquer ação ? exceto do próprio TheStreet.com. Ainda assim, seu principal comentarista, Jim Cramer, está metido em confusão por fazer recomendações de ações na televisão ao mesmo tempo em que opera um fundo de investimento.
Richard Warner, editor e apresentador de um programa de negócios na TV pública do estado da Geórgia, considera que não se pode proibir os repórteres de finanças de investirem na bolsa. Ele compara uma medida como essa com proibir jornalistas políticos de votar.
Aly Colón, líder do grupo de ética do Instituto Poynter, aponta que a situação ideal seria mesmo de que os jornalistas não possuíssem ações, embora admita que isto seria impossível de conseguir. Por isso, o melhor que se poderia fazer é deixar sempre claro qual é o interesse pessoal do autor de uma notícia. Isso é importante para o próprio jornal ou sítio financeiro, pois preserva sua credibilidade e a do profissional.