REVISTAS AMERICANAS
O relatório do Audit Bureau of Circulations sobre circulação de revistas na primeira metade de 2001 registrou tendência de queda na venda de exemplares em bancas, informa Eric Herman [New York Daily News, 14/8/01]. As revistas de finanças pessoais foram as que mais sofreram. Money Magazine, empreendimento de Hearst Magazines e Dow Jones, viu sua circulação encolher 25%, enquanto SmartMoney e Worth Magazine afundaram, respectivamente, 30% e 40%.
Nas publicações sobre celebridades, as vendas da Talk, da Hearst e Miramax Films, caíram 28%, mas suas concorrentes da Time Inc., People Weekly e In Style, tiveram aumento de 6% e 5%, respectivamente. Entre os semanários noticiosos, a Time foi exceção notável ? sua venda cresceu 14%, enquanto Newsweek e U.S. News & World Report registraram queda.
Entre as femininas, Mademoiselle amargou queda de 21% das vendas, e Vogue, 11%, enquanto Marie Claire registrou aumento de 3%. Mas O, the Oprah Magazine, publicação da apresentadora americana Oprah Winfrey, continua um grande sucesso. Lançada em maio do ano passado com tiragem de 500 mil cópias, O atingiu a marca de 2.751.563 exemplares. De acordo com Jon Fine [Advertising Age, 13/8/01], isto a põe na frente de sucessos como Martha Stewart Living, National Enquirer e Seventeen.
JORNAIS AMERICANOS
Mesmo após a queda de faturamento publicitário e o aumento dos custos de impressão, os jornais resistem em aumentar o preço de seus exemplares.
Um exemplo, citado por Mark Fitzgerald [Editor & Publisher, 13/8/01], explica o porquê de tanto receio: em março, quando o Los Angeles Times voltou a fixar o preço em 50 centavos de dólar, após cinco anos de exemplares a 25 centavos (nos quais aumentou a circulação do jornal), outros diários da Califórnia fizeram o mesmo. Houve queda previsível na circulação de todos eles, e um declínio expressivo na circulação do Press-Telegram de Long Beach.
O problema é que o Press compete menos com o LA Times em Long Beach do que com o Daily Breeze e o Orange County Register, que mantiveram seus preços em 25 cents, e por isso sofreu um golpe mais forte do que outros jornais. Dez dias após o reajuste, o diário voltou ao preço anterior.
John Murray, da Associação de Jornais da América (NAA), conta que, enquanto muitos jornais os procuram para perguntar, discretamente, sobre regras para pagamento de assinaturas com cartão de crédito, perguntas sobre ajuste de preços são raras. Murray explica que isso se deve ao fato de que causa e efeito do aumento de preços é "muito bem documentado".
De fato, relatório recente da NAA mostrou que o preço médio do exemplar é de 50 centavos de dólar há seis anos. "Acho que não há espaço para crescer além de 50 cents", analisa William Dean Singleton, do MediaNews Group Inc. Quase todos os jornais do MediaNews tem este preço. Há alguns anos, a companhia aumentou o preço do Fairbanks Daily News-Miner para 75 cents. Foi um erro, admite Singleton ? o jornal perdeu imediatamente 30% das vendas em bancas e "nunca se recuperou".