WEEKLY STANDARD
De uma publicação pequena ao posto de uma das mais influentes de Washington, a trajetória de ascensão da Weekly Standard ocorreu rapidamente: a mudança de governo e os atentados de 11 de setembro, embora não tenham tido efeitos imediatos sobre a circulação ? que permanece modesta: 55 mil exemplares ?, ajudaram a transformar a revista em porta-voz dos conservadores.
A Weekly Standard foi fundada em 1995 pela News Corporation. Para Eric Alterman, colunista do liberal The Nation, a circulação da Standard pode ser pequena, "mas ela fala diretamente ao poder e para ele. Quem quiser entender o que este governo está pensando e o que planeja fazer tem que ler essa revista".
O senador republicano John McCain ? apoiado pela publicação como candidato a presidência ? reconhece que a Standard está pautando os debates atuais. "Estou impressionado com o sucesso deles. O timing foi excelente. Em tempos normais, não se presta muita atenção ao seu assunto principal, que é a condução da segurança nacional, mas eles tiveram sorte porque as pessoas estão interessadas agora."
Segundo David Carr [New York Times, 11/3/03], a Standard não conseguiu tanta influência apenas afagando o governo Bush; a revista chega a tomar posições contrárias às adotadas pelos republicanos, que vão desde política internacional a inspeções da ONU. "Esse governo odeia críticas, mas reage a elas", comenta o editor, William Kristol. Apesar de perder um milhão de dólares por ano, a publicação tem agradado o dono, Rupert Murdoch, satisfeito em ver que a revista adquiriu o mesmo prestígio de sua emissora de TV, Fox News.