Monday, 18 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1314

Alerta aos editores

TELETIPO

O ministro da Justiça da Grã-Bretanha, lorde Goldsmith, avisou aos editores de jornais do país que devem tomar cuidado com a cobertura do julgamento de três homens detidos sob o Terrorism Act pela posse de artigos para preparação e incitação de atos terroristas. Segundo Ciar Byrne [The Guardian, 22/11/02], Goldsmith lembrou aos editores da obrigação de não publicar qualquer informação ou comentário que possa comprometer o direito assegurado aos réus de um julgamento justo.

Estudo que recomenda um série de restrições ao meio audiovisual agita produtores franceses. Encomendada pelo ministro da Cultura, Jean-Jacques Aillagon, a pesquisa conclui que há relação de causa e efeito entre atrações violentas e pornográficas e o comportamento das crianças. Ele recomenda que a classificação etária aplicada nos cinemas passe a vigorar também para vídeos, DVDs e videogames. Outras sugestões são a proibição de filmes violentos ou pornográficos na TV antes das 22h30 e o aumento do poder do Conselho Superior do Audiovisual para multar emissoras infratoras. Pascal Rogard, diretor da associação de Autores, Diretores e Produtores francesa disse à Variety [19/11/02] que a implantação das medidas seria um desastre para a indústria do cinema.

Repórteres Sem Fronteiras [25/11/02] voltaram a chamar a atenção para a complicada situação da imprensa na Argélia. Documento da organização pede que a União Européia se assegure de que seja cumprida cláusula de defesa dos direitos humanos do acordo de associação firmado com o país africano. A perseguição a repórteres argelinos pelo governo, empresários e grupos rebeldes geralmente fica impune. Lei que prevê prisão para quem difamar o presidente é a mais nova medida contra a imprensa na Argélia. O caso grave mais recente de violência contra um jornalista foi a morte de Abdelhai Beliardouh num ataque suicida, em 20/11. Ele havia sido espancado por integrantes de uma câmara de comércio local em julho.

A editora Time Inc. está negociando acordo pelo qual o conteúdo de suas publicações eletrônicas, hoje disponível abertamente na internet, seria tornado exclusivo para assinantes da America Online, maior provedor dos Estados Unidos. Como reporta The Wall Street Journal [25/11/02], ambas empresas pertencem ao grupo AOL Time Warner. Para o provedor de acesso, que tem enfrentado dificuldades com a queda nos lucros, o material valioso que ganharia com o trato ajudaria a atrair assinantes. Com uma equipe relativamente pequena, a America Online tem dificuldade em produzir conteúdo próprio. Para a Time, o acordo significaria o abandono do modelo baseado em ganho com publicidade e a perspectiva de rapidamente se tornar líder no setor de sítios fechados com a base de 35 milhões de assinantes do parceiro.