ASSOCIAÇÃO
DE JORNALISTAS
A International Federation of Journalists (IFJ), a maior associação
de jornalistas do mundo, lançou relatório condenando
as tentativas de manipulação da mídia após
os atentados aos EUA e a "pressa" de alguns países
em aprovar leis contra o terrorismo que podem restringir liberdades
civis e de imprensa.
O relatório de 25 páginas, intitulado "Jornalismo,
liberdades civis e a guerra ao terrorismo", foi escrito
após pesquisa da cobertura da mídia em mais de 20
países, e conclui que os jornalistas têm, em geral,
respondido muito bem ao desafio de relatar os eventos de 11 de setembro.
Problemas a serem enfrentados são as tentativas de manipulação
pelos governos, cuja "pressão indevida sobre os jornalistas
é potencialmente nociva à qualidade da cobertura do
conflito". "Os jornalistas devem ser livres para trabalhar
sem serem coagidos a servir as definições governamentais
de ‘patriotismo’ e ‘interesse nacional’", defende o documento.
O IFJ também critica a velocidade com que leis antiterroristas
têm sido aprovadas em muitos países: os projetos são
"traçados e processados depressa demais para um exame
detalhado pelo público e pelos legisladores".
O Comitê Executivo do IFJ adotou um programa para focalizar
ações de apoio aos jornalistas, que incluem uma campanha
mundial para divulgar material e guias úteis a profissionais
que cobrem a crise atual e a promoção de iniciativas
que ressaltem o importante papel do jornalismo na luta contra o
preconceito, pela criação de prêmios regionais
de "tolerância em jornalismo" e da revitalização
do International Media Working Group Against Racism and Xenophobia
(IMRAX), além da organização de seminários
e conferências sobre guerra e terrorismo. O texto completo
está disponível para download em <www.ifj.org>.