Monday, 18 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1314

Americanos com mania de notícia

VÍCIOS DA NET

Pesquisa da empresa Websense mostra que o americano perde mais tempo no trabalho olhando sítios de notícias que de pornografia e jogos de azar, normalmente os mais visados pelos bloqueios instalados pelos patrões. Cerca de 23% dos trabalhadores entrevistados disseram que noticiário é o conteúdo mais viciante da web, contra 18 % para pornografia, 8% para jogatina e 6 % para leilões virtuais. Compras online foram as campeãs, consideradas mais viciantes por 24%.

Os empregadores por enquanto parecem não ter percebido o crescimento do interesse pelo jornalismo online: 67% permitem que funcionários leiam notícias no trabalho. Para leilões e compras, apenas 37% liberam e para pornografia o índice é muito menor: 2%. Em média os funcionários pesquisados afirmaram gastar 8,3 horas por semana com internet não relacionada ao trabalho. Isso, como reporta a Reuters [18/9/02], significa que 20% do tempo no escritório é perdido. Muitas pessoas disseram que preferem não fazer pausa para café que ter o acesso à rede proibido.

Steve Purdham, da SurfControl, companhia especializada em orientar empresas no controle do acesso de funcionários à internet, disse que a preocupação com os sítios de notícias está começando a aumentar. “Especialmente com os de esportes e finanças. Muitas pessoas têm interesse pessoal em acompanhar suas ações e, em algum lugar do mundo, há sempre um evento esportivo global acontecendo”. Empresas de áreas mais “criativas” costumam liberar mais a internet para os empregados, enquanto outras a banem totalmente. “Um de nossos clientes é uma grande companhia de distribuição de comida. Eles têm vários terminais de internet em seus galpões e realmente não querem que os funcionários leiam notícias”, explica Harold Kester, presidente de tecnologia da Websense, que também cria programas de controle de acesso. “Simplesmente não faz parte do trabalho deles”.