JORNAIS GRATUITOS
No dia 10/10, passou a circular em Nova York o jornal gratuito amNew York, uma tentativa da Tribune Company (dona da Chicago Tribune e do Newsday) de atrair leitores entre 21 e 34 anos, faixa etária em que sabidamente as pessoas têm menos hábito de leitura em relação aos mais velhos. Publicações semelhantes já surgiram em outras cidades americanas, como RedEye e Red Streak, em Chicago. Jacques Steinberg, do New York Times [13/10/03], observa que a aposta nos jornais gratuitos é arriscada. Não está claro se o público está interessado em ler diários feitos basicamente com notas curtas de agências. O amNew York, por exemplo, tem apenas dois repórteres para cobrir toda a cidade.
Por outro lado, há a possibilidade de um produto que é distribuído de graça prejudicar concorrentes pagos ? que, às vezes, podem pertencer até à mesma empresa (Steinberg comenta que viu uma mulher tentando inutilmente vender o Newsday perto de um distribuidor do amNew York ). A analista de jornais do banco Merril Lynch, Lauren Fine, observa ainda que a margem de lucro dos jornais gratuitos é menor. O melhor que poderiam alcançar seria uma faixa de 15% a 20%, contra 25% a 30% dos pagos.