THE WASHINGTON POST
Michael Getler, ombudsman do Washignton Post, dedicou sua coluna de 25 de novembro para o "Thanksgiving", o dia de Ação de Graças nos EUA. Listou algumas coisas pelas quais vale a pena agradecer no mercado do jornalismo.
"Podemos agradecer, por exemplo, pela coragem dos repórteres e fotógrafos que estão arriscando suas vidas para nos contar e mostrar pelo menos um pedacinho do que está ocorrendo nesta nova guerra distante", escreveu. Esse assunto, de acordo com Getler, é pouco comentado. Costuma-se assumir que não passa do dever do jornalista cobrir histórias perigosas ao profissional.
No entanto, vale pensar sobre esses correspondentes de vez em quando e agradecer. Especialmente na semana do "Thanksgiving", em que quatro jornalistas foram mortos por talibãs em uma emboscada. Getler lembra que na semana anterior a esse caso, dois repórteres de rádio franceses e um free-lancer de uma revista alemã também foram mortos pelo grupo terrorista.
Na semana passada, em Nova York, o Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ) homenageou quatro jornalistas praticamente desconhecidos do público americano. Jiang Weiping é um jornalista chinês que reportou corajosamente a corrupção em seu país, mas não pôde receber o prêmio porque está preso por "revelar segredos de Estado". Geoff Nyarota é editor do Daily News, no Zimbábue, único jornal independente do país, cujas instalações foram bombardeadas. Horacio Verbitsky é um dos principais repórteres investigativos da Argentina. Mazen Dana, fotógrafo da Reuters, foi repetidamente ferido durante sete anos de registro de conflitos em Hebron, sua cidade natal, na Cisjordânia.
"Obrigado", encerra Getler.