Sunday, 24 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Apresentador da BBC é tirado do ar por racismo

TELETIPO

O apresentador da BBC Robert Kilroy-Silk protestou contra a medida da emissora de tirá-lo do ar enquanto apura acusações de racismo, motivadas por artigo publicado no Sunday Express em que chama os árabes de "suicidas, amputadores de membros e repressores de mulheres". Ele já admitiu que se arrependeu de ter escrito esses termos, mas defendeu seu direito ao dizer que "há estados árabes que são maus, despóticos e que tratam as mulheres de forma abominável". Kilroy-Silk afirmou que seu secretário enviou o texto, intitulado "Nós não devemos nada aos árabes", por engano ao jornal. Ele já havia saído em abril, sem causar tanta repercussão. Ex-parlamentar, o jornalista se disse decepcionado porque contava com o apoio da emissora pública. As informações são da BBC [11/1/04].

Os jornalistas Josef Hebert, da AP, Robert Drogin, do Los Angeles Times, e Pierre Thomas, ex-CNN, se recusam a cumprir ordem do juiz Thomas Penfield Jackson de revelarem suas fontes em matérias sobre o cientista Wen Ho Lee, suspeito de espionar para a China. Eles repetiram o procedimento adotado por uma dupla de repórteres do NewYork Times há menos de um mês. Lee foi demitido de um laboratório do departamento de Energia em 1999 por supostamente ter facilitado o acesso a dados sobre armas nucleares. Contudo, apesar de não ter sido acusado por isso formalmente, quer ser indenizado pelo governo porque algum funcionário deixou vazar a informação de que ele era investigado por espionagem. Advogados de defesa da imprensa afirmam que, caso cedam, os profissionais abririam um perigoso precedente no direito de sigilo da fonte. No entanto, a lei dos EUA não dá aos jornalistas o mesmo grau de confidência garantido a médicos e padres, segundo informações da Reuters [7/1/03]. Por não informarem quem revelou que Lee era alvo de investigação, os jornalistas podem ser condenados a pagamento de multas ou prisão até decidirem colaborar.