VENTOS DO SUL
Manchete de seis colunas na Folha de S.Paulo, no domingo, 18/3: "Centrais querem parar Argentina na 4?" .
Idem em duas colunas no Estado de S.Paulo: "Reação a pacote deixa De la Rua isolado".
A situação macroeconômica do nosso principal parceiro no Mercosul é grave (piorada com a interrupção das exportações de carne por causa da febre aftosa). A situação política é gravíssima, o país está à beira de um cisma social.
Nossos três semanários estão em outra: na Veja, preocupadíssima com a performance sexual dos seus assinantes, o assunto foi jogado lá na seção de Economia & Negócios (pág. 128). Na Época nenhuma linha, embora tenham se dado ao trabalho de ressuscitar o guru Rudiger Dornbusch para elogiar o crescimento brasileiro no exato momento em que este pode ser comprometido pela situação do vizinho. Na IstoÉ, nada ? Argentina não produz fitas nem vende revista.
E assim se faz o jornalismo semanal no Brasil. Já foi sinônimo de qualidade. Agora, numa pesquisa entre os 18 alunos melhores colocados no ultimo Provão, OITO indicaram a TV como sua fonte de informação, QUATRO usam a internet, TRÊS usam jornais, DOIS usam o rádio e APENAS UM disse que lia revistas!
Revista, hoje, é leitura para dondoca ? de qualquer faixa etária ? descobrir novas manias e ondas.
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