A VOZ DOS OUVIDORES
THE WASHINGTON POST
As principais reclamações
Em sua coluna do dia 29 de abril, Michael Getler resolveu, depois de cinco meses como ombudsman do Washington Post, fazer uma lista das cinco principais categorias gerais de reclamações dos leitores. Lembrou, antes disso, que o Post publica cerca de 100 mil palavras todos os dias e que, portanto, algumas coisas podem mesmo dar errado.
Inclinações, opiniões, posicionamentos. Não importa o nome, disse ele, mas não passa desapercebido pelos leitores. Uma reportagem parcial não beneficia o jornalista ou o jornal, pois eventualmente afeta a credibilidade e serve como barreira para a informação. Algumas escapam de vez em quando, mas é o dever do editor eliminá-las.
Segundo item da lista: erros. Têm de ser corrigidos, diz Getler, e não apagados. Neste caso, poderão acontecer novamente.
Religião. O assunto não parece ter muita importância dentro das grandes redações, mas é parte importante da vida de muitos leitores; uma das maiores distâncias entre os jornalistas e seu público. Muitas vezes se questiona, por exemplo, quando mencionar a religião de certa pessoa é relevante na história e quando reflete apenas uma tendência pessoal do repórter, que pode diminuir ou favorecer determinada religião.
As terminologias, diz Getler, são outras que necessitam de muita atenção. É preciso lembrar sempre que muitos leitores não são familiarizados com termos específicos, como designações militares, e detalhes podem confundir ou até afetar a credibilidade da matéria.
Por último, falou da feição do jornal. O Post recentemente diminuiu seu espaço de previsão do tempo e mudou a seção de tiras cômicas sem antes avisar aos leitores. Embora haja poucos editores preocupados com essas áreas, disse o ombudsman, geralmente não se presta muita atenção a elas dentro das redações. E tais seções não deixam de ser uma grande conexão entre o jornal e seu público.
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