Thursday, 26 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Bernardo Ajzenberg

CRÍTICA DIÁRIA

"Crítica Interna" copyright Folha Online

"14/12/01 – A fita em que os EUA afirmam aparecer Bin Laden é a manchete de três dos principais diários: Folha (?Bin Laden assume atentado em vídeo?), ?Globo? (?A confissão de Bin Laden?) e ?JB? (?Vídeo expõe alegria de Bin Laden?). O ?Estado? optou por outro assunto (?Energia deve subir 4%, diz Pedro Parente?), reservando ao terrorista saudita uma ?caixa? no alto da capa. A crise argentina e o conflito no Oriente Médio foram os outros destaques em todos os jornais.

Teses do PT

Há dois equívocos, aparentemente, no texto ?Partido prega intervencionismo? (Brasil, pág. A4):

1) Citando documento do PT, afirma-se (segundo parágrafo): ?As políticas de ajuste adotadas em razão dos acordos com o FMI, em vez de eliminar a propensão ao desenvolvimento, levaram a priorizar o pagamento dos encargos financeiros da dívida pública…?. Não há coerência nessa formulação. Pela lógica, o verbo ?eliminar? não faz sentido. O mais adequado seria algo como incentivar, estimular etc. Não sei se o original está assim ou se houve equívoco na reprodução;

2) No último parágrafo se diz que, segundo o documento, o crescimento do país no governo FHC (2,3% ao ano) só foi MENOR do que o ocorrido nos governos Venceslau Brás, Washington Luís e Collor. Pela lógica, o correto seria MAIOR.

PIB per capita

Sobre a reportagem ?Maranhão tem menor PIB per capita do país? (Brasil,pág. A6):

1) Não informa a que ano esse indicador se refere. É uma média entre 1985 e 1999?

2) Outra imprecisão: o que dobrou no caso do PIB paulista foi a participação percentual, nele, dos serviços prestados pelo governo, não esses mesmos serviços (em termos absolutos), como está escrito logo após ointertítulo ?São Paulo?;

3) Para dar consistência à afirmação indireta de que Roseana Sarney tem responsabilidade por essa situação (como faz o lide), seria preciso mostrar qual foi a evolução do PIB durante o seu governo, ou seja, a partir de1995. Tal informação está ausente;

4) Na sub ?Centro-Oeste teve ampliada a participação?, há um pastel no último parágrafo (?Mesmo com a concentração se diluindo, o economista alerta que parte do que é produzido em outras áreas a São Paulo (sic).). Não dá para entender.

Intensão ou intenção

Não é prioridade do ombudsman apontar erros de grafia ou de português, mas chama a atenção o uso da palavra ?intensão?, com ?s?, em vez de ?intenção?,com ?ç?, no texto ?Prêmio por mulá Omar é de US$ 10 milhões? (Mundo, pág.A15). As duas fórmulas existem, mas, neste caso, creio que a mais adequada é com ?ç?.

Greve política

Mostra o texto de capa de Dinheiro que a greve na Argentina ontem foi convocada pelas três principais centrais sindicais do país. Seria importante, para esclarecimento do leitor, informar a tendência políticadas direções dessas centrais. São justicialistas (ligadas, portanto, a Menem)?

Marinha x Petrobras

Nota no Painel SA (Dinheiro, pág. B2) afirma: ?A Marinha, que há poucos dias divulgou relatório demolidor contra a Petrobras, concedeu ontem a medalha do mérito Tamandaré a Henri Philippe Reischtul?. Tudo bem. É curioso. Mas teria sido mais apropriado dizer que o tal relatório se refere especificamente ao acidente com a plataforma P-36, enquanto a tal condecoração diz respeito, digamos, ao ?conjunto da obra? da gestão desse funcionário à frente da empresa. Isso reduz o grau de contradição sutil eironicamente apontado na nota.

Novo IR

O último parágrafo de ?FHC estuda desconto-padrão maior no IR? (Dinheiro, pág. B4) afirma que, segundo o líder do governo na Câmara, só no próximoano o presidente da República decidirá o que fazer com a correção do IR (seveta ou não veta etc.). Ora, isso significa que nada valerá para 2002, certo? Se é assim, tal informação não deveria estar destacada no lide ou bem próximo dele, ou ainda em sobrelinha?

Descrédito

Em nenhum momento, seja em textos seja em artes, se dá ao leitor de Cotidiano a referência de que os vídeos mencionados no material sobre os policiais corruptos da cracolândia foram mostrados pela Rede Globo. Contraria-se, assim, recomendação do Manual a esse respeito.

Clareza

No abre da pág. C5 a reportagem ?Projeto que diferencia uso e tráfico é aprovado na Câmara? informa que não haverá mais ?tratamento criminológico? para usuários de drogas. Em outro texto na mesma página se noticia o lançamento de um abaixo-assinado propondo lei de iniciativa popular pela descriminalização do uso pessoal da maconha. As diferenças são sutis. O jornal deveria deixar claro ao leitor qual é a relação entre uma coisa e a outra e por que o projeto aprovado não resolve a questão levantada peloabaixo-assinado.

Contestação

Recebo da editoria de Esporte, assinada por Rodrigo Bueno, via SR, a seguinte contestação à nota ?300 mensagens?, da crítica interna de anteontem:

?O título e o lide da matéria ?É a menor final do Brasil? são justificáveis se for levado em conta o público estimado para a decisão do Brasileiro. Como afirma a reportagem, as finais deste ano serão disputadas em estádioscom capacidade para 30 mil pessoas. A Arena da Baixada, do Atlético-PR,comporta 30 mil pessoas. O estádio Anacleto Campanella, do São Caetano,também abriga 30 mil pessoas, segundo alguns laudos, embora, por segurança, seja aberto para menos de 25 mil torcedores. Assim, no máximo 60 mil pessoas vão acompanhar os jogos finais do Brasileiro nesta temporada. A matéria lembra decisões em estádios acanhados, como as 1978, 86 e 91, mas ressalta, em seu sexto parágrafo, que nesses anos houve um primeiro jogo em um Morumbi lotado (quando então a capacidade do Morumbi superava 100 mil lugares). Assim, tais finais, disputadas em dois jogos, tiveram público superior ao que será registrado na decisão deste ano. O ombudsman destacou os públicos pequenos dos últimos jogos de 1978 e de 1991, mas ignorou as primeiras partidas desses anos, condenando assim erroneamente o título e o lide da reportagem.

Sobre as médias de público de Atlético-PR e São Caetano neste ano, informação cobrada na crítica do ombudsman, isso não se faz necessário, uma vez que a matéria trata apenas de finais do campeonato. O número de pessoas que os times levaram a campo durante a fase de classificação do torneio não tem relação com o número de pessoas que estará na final _é comum nessa fase do torneio os estádios estarem lotados, e a matéria toma como base a lotação esperada.

Quanto a ?algumas generalizações?, termo usado pelo ombudsman, especialmente sobre a qualidade do futebol das equipes finalistas, a reportagem destaca fatos praticados pelos dois times que são passíveis de crítica. Não é opinião o fato de Kaká e Adriano, jogadores do São Paulo, terem voltado de muletas de Curitiba após o jogo contra o Atlético-PR. Também não é opinião que o São Caetano faz uso constante de ?chuveirinhos?, jogada associada a times pouco criativos _o Datafolha mostra que o clube do ABC é o segundo que mais utiliza esse expediente no Brasileiro.?

Pretendo abordar o assunto na coluna dominical.

13/12/2001 – Dança de manchetes na Folha e no ?Estado?. Nos primeiros clichês, a Folha saiu com a aprovação pela Câmara de mudança no IR (?Câmara corrige tabela do IR em 17,5%?) e a ruptura de Israel com Arafat em submanchete. Na edição final, inverteu as ênfases e manchetou com o Oriente Médio (?Israel rompe com Arafat após ataque?). O concorrente local fez o caminho inverso (?Israel sofre novo atentado, revida e AP pune radicais? e ?Câmara aprova ajuste de 17,5% na tabela do IR?). Neste caso, creio que a Folha acertou na decisão final (ver nota). ?JB? (?Aprovada a correção do IR?) e ?Globo? (?Acordo entre partidos na Câmara corrige IR?) deram manchete para o imposto.

CPMF e ISS

De forma diluída, no meio da retranca ?Prorrogação de CPMF é aprovada por comissão? (Brasil, pág. A5), afirma-se que ?haverá uma alíquota mínima de 2% para o Imposto Sobre Serviços, cobrado pelos municípios?. Primeiro, esse imposto não tem nada a ver com a CPMF, o que já lhe valeria uma consideração à parte. Segundo, parece-me que essa alteração no ISS é bem mais importante do que se dá a entender. Afeta diretamente não sei quantos milhares de pequenas empresas. Acho que é o caso de retomar o assunto.

Brigas no PT

1) Não vi na Folha a resposta, via nota oficial, de Marta Suplicy às críticas dirigidas a ela pelo ex-marido em entrevista na própria Folha. Seus argumentos estão hoje no ?Diário de S.Paulo?;

2) O texto ?Cúpula do PT reage a Suplicy para isolá-lo? (Brasil, pág. A14) e a legenda da foto tratam José Genoino como pré-candidato petista ao governo. Já a retranca ?Partido teme que prévia monopolize encontro de Olinda? (mesma página) o trata como candidato. Um dos dois está equivocado. É preciso uniformizar, por razões políticas e/ou de padronização.

Sem clareza

1) ?PSDB põe Aécio na lista para 2002? (Brasil, pág. A6) menciona no penúltimo parágrafo a provação do ?fast track? pelo Congresso norte-americano sem dar qualquer explicação sobre o que isso significa e sobre por que isso tem a ver com a decisão do presidente da Câmara de n&aatilde;o levar mais aos seus colegas dos EUA a posição do Legislativo brasileiro;

2) A retranca ?Associação defende processo contra governo? (Cotidiano, pág. C4), espécie de ?outro lado? da reportagem sobre a suspensão de cursos pelo MEC por causa de baixo desempenho no provão, afirma, a certa altura, que um dos argumentos das escolas é que, ao usar as notas do provão como critério, o governo estaria desconsiderando a definição dos ?critérios de cancelamento automático do reconhecimento? aprovados depois do provão. O que é isso? Quais são esses critérios? Não dá para entender.

Pastel

?A CCJ do Senado aprovou ontem a proposta de emenda constitucional que acaba com a imunidade parlamentar para os casos de prática de crime comum foi aprovada?. Eis um belo pastel no texto ?Comissão aprova projeto que proíbe renúncia para fugir de cassação? (Brasil, pág. A15).

Nova guerra

1) Creio que está na hora de o jornal rever a permanência do chapéu ?Guerra sem limites? nas capas de Mundo e passar a analisar sua pertinência caso a caso. Hoje, por exemplo, ele não faz sentido. O conflito israelo-palestino, a esta altura, já se ?descolou? da ?nova guerra?. Desenvolve-se de modo ?independente?, diferentemente do que vinha acontecendo até semanas atrás;

2) A arte ?A resistência da Al Qaeda em Tora Bora? (Mundo, pág. A26) registra que o Monte Barkirdarsar (Afeganistão) tem 14.510 m. É isso mesmo? Parece-me excessivo. A verificar;

3) Aparentemente os outros jornais não tiveram a informação da ?ruptura? de Israel com Arafat. Só a Folha deu o destaque e a informação, que estão no ?New York Times? em manchete. Confirmando-se a decisão, terá sido uma bela ?bola dentro?.

Números

De acordo com a Advocacia Geral da União, há 200 ações judiciais hoje contestando a nova alíquota determinada para as empresas para financiar reposição de perdas do FGTS (texto ?Arrecadação para pagar as perdas do FGTS fica abaixo da expectativa?, Dinheiro, pág. B4). Já a arte respectiva menciona que ?pelo menos 2.000 empresas entraram com mandados de segurança questionando as novas alíquotas?. Aparentemente há desencontro de dados. A verificar.

Foto estranha

A foto que acompanha a reportagem ?Transbrasil não diz como vai cortar gastos; BR deve negar combustível? (Dinheiro, pág. B5) mostra um caminhão da BR ao lado de um avião da Transbrasil em Congonhas. Ora, se está suspenso o abastecimento para a companhia aérea, o que fazem esses dois veículos lado a lado? Ou será uma foto ?antiga?? A cabeça do leitor fica confusa.

Nomes

Texto na pág. 8 da ?FolhaEquilíbrio? registra como sendo Lina Purvisis o nome de uma professora da PUC ouvida na reportagem. Já retranca na pág. 11 a trata como Alina Purvinis. Um dos dois nomes está errado, certo?

Lacuna

Panorâmica na pág. E5 (Ilustrada) informa que serão lançados os livros ganhadores de prêmio da revista de literatura ?Cult?. Nada traz, a nota, porém, sobre quando e onde isso ocorrerá. Assim, a nota perde a maior parte de seu sentido _ ainda sabendo-se que o evento acontece hoje mesmo.

12/12/01 – O acerto prévio no Congresso para um aumento do salário mínimo é a manchete na Folha (?Acordo prevê mínimo de R$ 200?) e no ?Globo? (?Acordo garante aumento do mínimo para R$ 200?). O ?Estado? opta pela redução dos juros básicos norte-americanos (?Juros nos EUA caem a 1,75% para estimular consumo?) enquanto o ?JB? festeja às escâncaras (et pour cause…) a votação na Câmara: ?Aprovada lei que abre mídia a capital externo?. ?Globo? e ?JB? registram em suas edições locais (que fecham mais tarde) o sequestro de Washington Olivetto, assim como o ?Diário de S.Paulo?. A Folha, por razões conhecidas, não traz a informação (ao contrário do UOL hoje, registre-se).

O diploma

O quadro ?Como obter o registro de jornalista?, dentro da reportagem ?Juiz mantém o fim da exigência do diploma? (Brasil, pág. A8), traz informações práticas, mas não explica quais são as condições para essa obtenção. A pessoa precisa estar trabalhando em órgão de comunicação? Há quanto tempo? Precisa ter curso superior (algum)? Essas dúvidas não derivam apenas de uma falha de serviço por parte do jornal, mas também dizem respeito, indiretamente, a questões, digamos, conceituais sobre a discussão a respeito da obrigatoriedade do diploma.

Nova guerra

1) A idade de Zacarias Moussaoui é 33 nos textos e 53 na arte ?1o suspeito é indiciado? (Mundo, pág. A9). Qual é o correto? A foto indica ser 33.

2) O texto principal (?EUA indiciam 1o suspeito de ataques? (mesma página) assume em seu oitavo parágrafo que os 19 homens apontados pelos EUA como sequestradores dos aviões usados nos atentados o são verdadeiramente. Faltou cautela (algo do tipo ?apontados como…?).

Minúcias venezuelanas

Não dá para entender por que, afinal, a CVT, central de trabalhadores, está contra o governo Chávez, se as medidas deste último, em tese, favorecem uma distribuição agrária, entre outros pontos que contrariam claramente interesses da elite do país. É uma central sindical direitista? São pelegos? É preciso explicar (?Central venezuelana ameaça greve geral?, Mundo, pág. A11).

Números

1) A arte ?A crise da Transbrasil? informa que a empresa possui 2.100 profissionais. Já o texto da reportagem (capa de Dinheiro) afirma que são 2.500. Em qual número deve o leitor se fiar?

2) O texto ?Novo corte deixa EUA com juros ?negativos?? (Dinheiro, pág. B5) afirma que todos os outros cortes de juros feitos ao longo deste ano nos EUA foram de meio ponto percentual. Segundo a arte da reportagem, no entanto, o corte feito em agosto foi de 0,25 ponto percentual em relação a julho.

Análise e didatismo

Na reportagem ??Fast track? deve ficar ainda pior para o Brasil? (Dinheiro, pág. B3) e na respectiva arte, utilizam-se os termos dumping e antidumping sem qualquer explicação. Para os iniciados, tudo bem. Mas não para o público leitor médio. Falta didatismo.

Sobre esse assunto (as limitações que a TPA aprovada para Bush impõe na prática ao comércio mundial), o jornal deve explicações: há contradição entre isso e os resultados tão comemorados da recente reunião da OMC em Doha, da qual a diplomacia brasileira saiu como amplamente vitoriosa. Análise na edição de ontem arranha o assunto por meio de uma citação. Texto no ?Estado? hoje também lembra o tema. É preciso trazê-lo à tona.

Faltou didatismo também na retranca ?Protestos nas ruas argentinas se intensificam? (pág. B10), no qual se fala que ?no mercado, o Merval subiu 1,78%?. O que é esse tal Merval?

O ?ex? agora é o quê?

Frequentemente o ex-diretor do BC Sérgio Werlang é ouvido em reportagens sobre a política monetária ou câmbio. Hoje ele é protagonista de uma retranca inteira (?Venda diária da moeda deve parar, diz Werlang?, em Dinheiro, pág. B4). Independentemente de sua competência, pergunto: o que faz hoje Werlang? É empresário? Tem uma assessoria? Além da ausência desse tipo de informação, registro que soa artificial ouvi-lo apenas como um ?ex?. Por que, então, não ouvir, em revezamento, outros ex-diretores dessa área (Política Econômica) do BC?

Fertilidade

A capa de Cotidiano (?77% das casadas usam contraceptivos?) não traz informações a respeito da evolução desse índice. Qual era a porcentagem dez anos atrás, por exemplo? Esse dado, entre outros, poderia ajudar a entender melhor a própria evolução das taxas de fecundidade, que diminuiu. Se ele não existe, valeria registrar a lacuna.

Voz do Palácio

Na reportagem ?FHC veta estabilidade para portador de HIV? (Cotidiano, pág. C8), está obscura a argumentação do Planalto para essa atitude antipática. Fala-se em inconstitucionalidade, mas não se explica com clareza onde esta reside. Os dois parágrafos que falam da CLT e da Constituição aparentemente serviriam para isso, mas não conseguem ser claros.

Sísifo

O texto ??Senhor dos Anéis? chega à internet? (Informática, pág. F12) não informa quem é o escritor J.R.R. Tolkien, autor do livro que deu origem ao filme. Está vivo? É britânico? É neozelandês? O ?Caderno 2?, do ?Estado?, traz hoje esses dados básicos.

300 mensagens

Registro a chegada ao ombudsman de mais de 300 mensagens de protesto contra a reportagem da capa de Esporte da edição de ontem (?É a menor final do Brasil?). Não tive tempo de lê-las, ainda, mas obviamente se trata de torcedores indignados com o que chamam de ?parcialidade? da matéria (isso os mais educados!) contra o Atlético-PR. Descontada a ira e o fanatismo possivelmente contidos nas mensagens, o que chama a atenção é que não se trata de uma simples reprodução de envios baseados num texto padrão, mas sim de registros ?pessoais?, apesar de obviamente estimulados pelo site do clube (no caso, o Atlético-PR).

A meu ver, o texto faz algumas generalizações que poderiam ter sido evitadas ou que caberiam em análise pessoal ou comentário (sobre a qualidade do futebol das equipes finalistas, sobre o ?fato? de que o time paranaense pára jogadas com jogo duro, por exemplo). Além disso, não há dados sobre as médias de público alcançadas pelos demais clubes no atual torneio, de modo a que se sustentasse a informação essencial da reportagem (o potencial pequeno de público dos dois finalistas). Também não dá para entender a afirmação do título e do lide, já que, como o próprio texto afirma, a decisão de 1978 teve 27 mil torcedores, a de 1991, 12,5 mil, sendo que o potencial para cada jogo, neste ano, é de 30 mil."