REALITY SHOWS
"?Big Issue? brasileira será lançada hoje", copyright O Globo, 8/7/02
"Em vez dos chicletes no sinal, uma nova mercadoria passa a circular a partir da noite de hoje nas mãos dos moradores de rua do Rio. E, desta vez, o produto é de primeira: uma nova revista, com design sofisticado e conteúdo bem trabalhado e assinado por jornalistas engajados. Criada nos moldes da londrina ?The Big Issue?, que hoje vende mais de 250 mil exemplares por semana, ?Ocas? é uma publicação especial.
O primeiro número chega às ruas com pouco mais de 30 páginas, impressas em preto e laranja, e uma entrevista com o diretor de cinema Walter Salles na capa. Editada parte no Rio, parte em São Paulo, a revista custa R$ 2 ao leitor. Como o vendedor compra a publicação por 50 centavos, a diferença (R$ 1,50) é seu lucro imediato. Mas atenção: só pode vender a revista quem for cadastrado e seguir as regras de conduta impressas no primeiro número. Um exemplo: o vendedor que oferecer a revista bêbado ou sob o efeito de drogas será afastado. Quem trabalhar acompanhado por crianças, também.
A tiragem mensal será de 15 mil exemplares (10 mil serão vendidos só em São Paulo). Para a inauguração do projeto, as primeiras unidades foram entregues gratuitamente aos 92 vendedores cadastrados até agora (45 no Rio, 47 em São Paulo).
Primeira noite em SP vendeu 450 exemplares
Fruto de uma gestação de três anos, ?Ocas? chega hoje ao Rio com uma grande festa a partir das 18h, no Condomínio Cultural do Largo de São Francisco. Uma apresentação da peça ?Navelouca – cortejo urbano para grandes e pequenas cidades?, da Grande Companhia Brasileira de Mystérios e Novidades tratará da diversão dos passantes, que terão a oportunidade de comprar os primeiros exemplares. Narrada por personagens marginalizados, a peça itinerante trata de uma embarcação que vaga pelas costas continentais, espalhando turbulência pelos portos.
– Fiz os primeiros contatos com o grupo responsável pela revista de Londres em 1999. Eles me indicaram projetos que já existiam na América Latina e ajudaram a encontrar parceiros aqui também. Indicando um ao outro eles acabaram contribuindo para formar a entidade que somos hoje – explica o fotógrafo Bruno Rocco, presidente da ONG Organização Civil de Ação Social (que empresta suas iniciais ao nome da revista).
Uma das idéias da nova ?Ocas? é preencher uma lacuna que – acredita Rocco – é deixada pelos projetos assistenciais que existem por aí.
– Vários projetos são ótimos, mas se concentram na assistência. Não oferecem trabalho, e é aí que a gente entra – completa a médica do Instituto do Câncer Sandra Rocco, uma das colaboradoras da entidade sem fins lucrativos que edita a revista com o apoio da grife paulista M.Officer e das instituições Médicos Sem Fronteiras, Rede Rua e British Council.
O primeiro lançamento da ?Ocas? foi no sábado, em São Paulo. Sandra e Bruno comemoram o sucesso obtido por lá: só na primeira noite, mais de 450 exemplares foram vendidos pelos ambulantes. Nada mau: os 47 cadastrados arrecadaram R$ 15 cada um, em poucas horas de venda.
?Hecho en Buenos Aires? vende 30 mil por mês
Além da reportagem de capa com o cineasta brasileiro Walter Salles, o primeiro número da revista traz um ensaio fotográfico pelas periferias da capital paulista e uma entrevista com o músico de codinome Benedito Sai do Lixo, morador de rua que já gravou mais de 40 canções. Por enquanto, a equipe editorial conta com cerca de 14 colaboradores: mas nada impede que esse número cresça, podendo até contar com a contribuição dos próprios sem-teto.
A edição de julho também traz uma reportagem sobre a Rede Internacional de Publicações de Rua (International Network of Street Papers – INSP), que tem sede na Escócia e já reúne mais de 50 títulos em cinco continentes – ?Ocas? é a mais nova associada. Juntas, as revistas distribuem mensalmente cerca de 2 milhões de exemplares pela América do Norte e do Sul, Europa, África e Austrália.
Apesar de ser a mais famosa, a londrina ?The Big Issue? que, curiosamente, não foi a primeira a ter a idéia de usar os sem-teto como vendedores de revista: a pioneira foi a americana Street News, de Chicago, que começou a circular em 1992. Em 1993, a Big Issue se espalhou pelo Reino Unido (tem edições regionais em Glasgow, Manchester, Cardiff, Bristol e Birmingham) e, na sequência, alcançou também Melbourne (Austrália), Cidade do Cabo (África do Sul) e Los Angeles (EUA). Na América do Sul, já existem quatro associadas: as argentinas ?Diagonal? e ?Hecho en Buenos Aires?, a uruguaia ?Factor S? e a gaúcha ?Boca de rua?, de Porto Alegre."
"?O Elo Mais Fraco? pode substituir ?Big Brother?", copyright Folha de S. Paulo, 8/7/02
"?O Elo Mais Fraco?, ?game? que a Globo planejou exibir no ?Domingão do Faustão?, no ano passado, é o mais forte candidato para substituir ?Big Brother Brasil? nas noites de domingo.
O programa é uma versão do inglês ?The Weakest Link?, cujos direitos de produção pertencem à BBC. A Globo está negociando a compra do formato e pode fechar o acordo na próxima semana.
Além de quase ter virado um quadro no ?Domingão?, o ?game? também chegou a ser cogitado como um programa noturno semanal, exibido às quintas, comandado por Fausto Silva. Ele gravou pilotos (testes), que não foram aprovados por Marluce Dias da Silva (diretora-geral).
Agora, a ?revelação? dos ?reality shows?, Pedro Bial, apresentará o programa, que entraria no ar após o ?Fantástico?. A direção será de J.B. de Oliveira, o Boninho, que também dirige ?Big Brother?.
?Elo? é uma gincana em que oito participantes têm de responder a perguntas de conhecimentos gerais. A cada acerto, o valor do prêmio aumenta. O grupo vai votando para eliminar candidatos. Quando a atração foi planejada para o Faustão, o prêmio poderia chegar a R$ 1 milhão se todas as respostas estivessem certas.
OUTRO CANAL
Palanque
Depois da entrevista a William Bonner e Fátima Bernardes, no ?Jornal Nacional?, os presidenciáveis irão direto para a bancada do ?Jornal das Dez?, da Globo News. Na TV paga, o assunto será um só: economia. O primeiro, hoje, será Ciro Gomes. Depois virão, na sequência, Garotinho, Serra e Lula.
Chapéu
O último episódio de ?Fama 1? teve 19 pontos de média contra 12 da Record. O programa da Globo começou, após o ?Caldeirão do Huck?, empatado em 14 pontos com a Record e no final estava com 30 a 15. O concurso, que aliviou o fenômeno Raul Gil, foi vencido por Vanessa Jackson, que gravará CD em Londres.
Exemplo
No ?Caldeirão do Huck?, um programa voltado para jovens, o apresentador tomou cerveja com Zeca Pagodinho, às 15h, e disse: ?Eu achei que o Zeca estava doente porque o camarim estava cheio de cerveja e ele bebeu refrigerante?.
Obrigação
Engenheiros das emissoras tiveram reunião na sexta com o ministro Juarez Quadros (Comunicações) para falar sobre TV digital. Queriam saber quando o padrão a ser usado no Brasil será definido. Mas a única coisa que Quadros garantiu é que o ministério continuará trabalhando na questão, apesar do momento eleitoral."
CRIANÇAS & VIOLÊNCIA NA TV
"A inocente televisão", copyright Jornal do Brasil, 7/7/02
"Muito já se falou e outro tanto ainda se especula sobre até que ponto a programação da TV influencia a formação da personalidade das crianças. A sexualização precoce, o estímulo à violência, o culto ao fútil glamour da era das apresentadoras louras – tudo isso sempre foi associado ao poder de fogo da televisão. Aos 73 anos, com mestrado em Psicologia Educacional e doutorado em Psicologia Social, a pedagoga paulista Elza Dias Pacheco segue na contramão, trombando com as teorias usualmente repetidas. ?Os pais subestimam as crianças e superestimam a TV?, afirma ela, que é professora do curso de doutorado da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP). Liberal, diferente? ?É que sou teórica e prática?, justifica Elza, que também é criadora e coordenadora-geral do Laboratório de Pesquisa sobre Infância, Imaginário e Comunicação da USP. Lá, desenvolveu duas grandes pesquisas sobre o assunto: Televisão, criança e imaginário: contribuições para a integração escola-universidade-sociedade (realizada entre 1994 e 1997, com 700 crianças em idades entre 7 e 11 anos, estudantes de nove escolas públicas de São Paulo) e Desenho animado na TV: mitos, símbolos e metáforas (realizada entre 1998 e 2000, com 330 crianças entre 7 e 11 anos, abordadas em cinco parques públicos de diferentes regiões de São Paulo). Na entrevista a seguir, ela desmistifica a TV como bicho-papão, exalta a capacidade crítica da criança, joga nos ombros dos pais a responsabilidade pela formação dos filhos e alerta para a solidão que a internet impõe às crianças.
– Qual o tempo médio que uma criança passa em frente à TV?
– Quarenta horas semanais. Praticamente todo o tempo que ela tem disponível.
– Por que tanto tempo?
– Porque, com a urbanização e o crescimento da violência, a rua foi proibida. A criança se recolheu e os pais têm que subsidiar isso com alguma coisa. Aí entra a televisão.
– A internet vem ameaçando a hegemonia da TV na rotina da criança?
– Vem, sim. E muito mais perigosamente.
– Por quê?
– Porque a internet representa o fim da interatividade, já que a criança fica muito solitária. Basta observar para ver que, quando assiste à TV, a criança não está totalmente sozinha: ela zapeia, tem sempre um brinquedinho ou um pedaço de papel ao lado. Na internet, não. Ela não tira os olhos do computador.
– O que a criança assiste na televisão?
– Desenho, novela e, por último, os shows de variedades e os programas infantis com desenhos e brincadeiras.
– Novela?
– Sim. É que, na novela, há várias referências que reproduzem o cotidiano da criança.
– O desenho animado tem algum tipo de influência negativa na moldagem da personalidade da criança?
– Não. Veja o caso de clássicos como Tom & Jerry. O enredo é curtíssimo e sempre o mesmo. A criança nunca vai se identificar com Tom, que é grande e mau. Ela é o rato, pequenino. É a criança fugindo da maldade, mas, ao mesmo tempo, desafiando-a. Se você puser o pai ou a mãe em cena, eles são como o Tom. Logo, o desenho também é uma típica reprodução do cotidiano.
– O que é bom na programação infantil atual?
– O que a criança assiste mesmo. Nem os shows de variedades me preocupam mais. Antes de fazer uma de nossas pesquisas, achava que as crianças iam querer ser glamourosas como a Xuxa, a Angélica. Mas atestamos que as apresentadoras vêm em último lugar na preferência das crianças que assistem aos shows.
– Xuxa anunciou recentemente que quer se dedicar apenas a programas infantis. A senhora faz alguma restrição a esse tipo de atração?
– Não. O conteúdo é desenho e brincadeiras e não acho que as atitudes das apresentadoras influenciem o comportamento das crianças de 5 a 11 anos, faixa etária que analisamos nas pesquisas. A partir dos 12, quando começa a adolescência, pode ser, porque tem a sandalinha da Xuxa, a roupinha etc. Mas, em muitos casos, a criança não quer se parecer com a Xuxa, ela gostaria de ter a Xuxa como mãe. Também não vejo problema nisso, desde que a mãe, embora trabalhe o dia inteiro, deixe de se preocupar só com a roupa da criança para o colégio no dia seguinte e se preocupe também em perguntar o que ela assistiu na TV.
A violência está nas ruas
– Então não se deve proibir a criança de ver TV?
– Não. Os pais têm é que conversar com ela, observar e ter uma leitura crítica sobre determinados assuntos. Não vou proibir a criança de ver o Jornal Nacional, por exemplo. Ela tem que saber que hoje o mundo está violento. Tem que aprender a se defender. Se ponho a criança numa redoma, não a estou ajudando a enfrentar a vida. O que os pais não podem é deixar a criança assistir à TV durante as 40 horas semanais que detectamos em nossas pesquisas.
– É mais preocupante o volume de horas que a criança passa diante da TV do que a programação?
– Claro. Senão, a criança fica obnubilada, só pensando nisso. Ela tem que ter diversidade nas coisas que faz. E os pais têm o dever de desenvolver a personalidade sadia da criança, do ponto de vista emocional, social e não só intelectual.
– Os pais superestimam o poder que a TV tem sobre os filhos?
– A criança não é boba, é crítica. Os pais subestimam a criança e superestimam o poder da mídia, principalmente da TV. Veja o caso dos filmes. Hoje só tem filme violento na TV. Se você observar, vai ver que a criança bem formada, que teve carinho, vai esconder a cara no colo dos pais em algumas cenas.
– Mas nem toda criança é bem formada e a TV entra em todas as casas.
– Aí, isso vai para a escola. Em 1996, o MEC determinou que a linguagem televisiva fosse trabalhada nas escolas. É bom deixar claro que a escola não é a responsável pela formação da criança, mas tem que continuar o trabalho. Hoje, se os pais não sabem o que a criança vê na TV, imagina o professor.
– A senhora se refere à TV como se ela fosse um objeto de brincadeira no cotidiano das crianças. É isso?
– Sei que mídia é coisa séria. Mas não considero que a TV deva ser educativa. Deve ser informativa e de entretenimento. É mais importante a criança saber, via televisão, sobre a situação em Israel e na Palestina e sobre os jogos da Copa do Mundo do que aprender como se deve comer, lavar a mão etc. Essa função começa no lar e continua na escola.
– Os pais devem ver TV com os filhos?
– Dentro das possibilidades, sim. E é possível. O que não quer dizer a família comendo e vendo televisão ao mesmo tempo. Isso quebra o relaciona-mento. É muito cômodo e fácil os pais dizerem que não têm tempo para acompanhar o que os filhos vêem na TV. Então, tenham um filho em vez de dois.
– E a discussão sobre a influência da TV na sexualização precoce da criança, a partir de cenas de sexo em novelas e filmes?
– Os pais têm que fazer leitura crítica disso. Se a mãe perguntar à criança o que ela viu na TV, vai perceber que ela não conta exatamente como aconteceu. Só que, na maioria das casas, pai e mãe se beijam escondido dos filhos. E se fazem isso, é porque acham que é feio. Quem faz o ato maldoso somos nós, os adultos.
– Mas alguns programas de TV não estimulariam o amadurecimento sexual precoce?
– Pode ser que sim, pode ser que não. O problema não é Carla Perez dançar na boquinha da garrafa. Se os pais não querem, por que compram a roupa igual, o CD e ainda aplaudem quando a criança imita?
– O seu posicionamento isenta a TV, não?
– Sim, muito. Culpo o sistema de exploração em que vivemos. Nós temos um quadro alarmante de crianças na delinqüência, crianças com 12 anos cometendo barbaridades. Isso não acontece porque eles ficaram vendo televisão. Isso é fruto da injustiça social. A rua é que é violenta."
XUXA & MARLENE, SEPARADAS
"Crise de Xuxa põe a Globo em perigo", copyright O Estado de S. Paulo, 7/7/02
"Há relacionamentos que parecem eternos, mas que um dia, para a perplexidade do público, se desmancham. Foi assim quando os Beatles anunciaram ao mundo que não seriam mais quarteto.
Surpreende agora a separação de Xuxa e Marlene Mattos depois de duas longas e proveitosas décadas. Os motivos do rompimento estão centrados, dizem, na divergência sobre o rumo do barco. A apresentadora quer reconectar-se aos baixinhos, enquanto Marlene quer sua estrela militando em frentes mais adultas.
A verdade é que o pau comeu. Com um pouquinho de bom senso, quem conhece as bases do relacionamento entre as duas acharia inevitável esse final. A criatura está cortando o cordão que a ligava à criadora. Aqui entre nós, Xuxa já está bem grandinha para continuar a obedecer às ordens sem questionar.
Quem juntou a dupla nos anos 80 foi Adolpho Bloch, dono da TV Manchete. Xuxa era sua top model querida, por isso era presença obrigatória em quase todas as edições das revistas da Editora Bloch. Ele a colocou para animar o Clube da Criança, programa dirigido por Maurício Shermann, que tinha por assistente a maranhense Marlene Mattos.
Xuxa se deu muito bem. Além do prestígio com o dono da casa, ela contava com as orientações do namorado, Pelé. Foi contra a vontade dele que se mudou para a Globo com Marlene Mattos.
Não há dúvida de que o olhar de Marlene foi mais longe do que o de Pelé. E ela foi atrás de tudo que vislumbrou. Sob seu pulso firme, Xuxa tornou-se marca, programas, discos, filmes e um monte de cacarecos que há anos fazem a cabeça das crianças. O resultado do esforço pode ser medido em números: uma fortuna de US$ 100 milhões, 21 empresas autorizadas a fabricar produtos Xuxa, 20 CDs, 11 filmes, 19 milhões de discos vendidos…
Usando o molde desenhado por Marlene, outras aspirantes à fama e fortuna fizeram carreira. Mas Xuxa sempre foi a original, a ?rainha?. O reinado de Xuxa foi cercado de todos os cuidados por Marlene. Assim, como já foi explicitado publicamente pelas duas, a empresária pensava e Xuxa fazia.
Os tempos, no entanto, são outros. Os programas imaginados por Marlene e executados por Xuxa envelheceram. A TV e o telespectador mudaram, mas o Planeta Xuxa continua igual. Além disso, hoje há uma concorrência competente e uma melhor distribuição da audiência.
O show, que nos anos 80/90 estourava, desfruta agora de um ibope mediano. Em maio de 2000, o Planeta registrava média de 18 pontos (na Grande São Paulo).
Um ano depois, chegava a 21, no mês passado não passou dos 15 pontos. Em período de vacas gordas, ninguém perde tempo com conflitos. Mas, quando há perda de terreno, as estratégias têm de ser repensadas. Essa avaliação pode ter gerado a ruptura.
Se Xuxa está garantida financeiramente e com uma carreira sólida, Marlene também não corre perigo: tem novos negócios, um bom lugar no organograma da Globo e outros artistas para trabalhar. A insegurança fica para a emissora.
Por mais que a audiência não seja a dos velhos tempos, a dobradinha Marlene/Xuxa ainda funciona – no vídeo e no faturamento.
A independência pode ser saudável pessoalmente para a apresentadora, mas é um risco para a Globo. E como ela manifesta querer voltar ao passado (fazer programas para os baixinhos, diz), é capaz de enrugar ainda mais o seu show repetindo o velho esquemão e espantar mais público.
Também pode haver uma surpresa. Como Xuxa nunca pôde mostrar o que tem na cabeça, suas idéias sobre programação são uma incógnita. Se a Globo confiar, pode ser a grande chance de a rainha mostrar que sabe ser ventríloquo e não só o boneco."