TELETIPO
Está no ar desde junho um canal israelense para o público muçulmano, em idioma árabe. Transmitido por satélite para a Europa, norte da África e Oriente Médio, 24 horas por dia, pode ser captado gratuitamente por todos que possuam uma antena parabólica apropriada. As opiniões se dividem sobre a programação. As imprensas oficiais dos países islâmicos consideram que se trata de uma perigosa iniciativa de fazer lavagem cerebral na população. Mas a emissora, controlada pela Israel Broadcasting Association, já recebeu muitas mensagens parabenizando pela tolerância com que são conduzidos os programas de debates. Segundo o Jerusalem Post [14/8/03], um programa que recebeu respostas especialmente entusiasmadas trazia um religioso islâmico comparando trechos do Alcorão, do Velho Testamento e do Novo Testamento.
Os chamados "jornais liberais" tendem a ser mais tranqüilos e dispostos a criticar um presidente do mesmo partido do que seus correspondentes conservadores, de acordo com um relatório do Joan Shorenstein Center on the Press, Politics and Public Policy, da Universidade de Harvard, divulgado na semana retrasada. No estudo, Michael Tomasky examinou 510 editoriais da última década e concluiu que o New York Times e o Washington Post, jornais reconhecidamente liberais, criticaram o governo Bill Clinton, de mesma abordagem política, em 30% do tempo. Ao mesmo tempo, o conservador Washington Times se opôs a George W. Bush, também conservador, apenas 7% do tempo. Tomasky concluiu que os dois lados "representam dois modelos diferentes de jornalismo", sendo o conservador geralmente mais agressivo quando na oposição. Informações de Greg Mitchell [Editor & Publisher, 11/8/03].