TELETIPO
No dia 19/2, uma bomba foi deixada na caixa de correio do semanário Herald, de High Springs, Flórida. Segundo a AP [20/2/02], ela foi detonada pelo esquadrão antibombas num pátio atrás do edifício do jornal. Mark Fasano, repórter do Herald, disse que o artefato consistia num tubo de PVC cheio de gás ligado a um temporizador e a uma bateria de lanterna, que iniciaria a detonação. "Surrealista, assustador e enfurecedor" foram os adjetivos usados pelo editor Ed Barber para o incidente. "Continuaremos a publicar o que achamos necessário para informar nossos leitores", afirmou, em comunicado. A polícia não tem suspeitos.
A possível aprovação da lei que proíbe a propaganda eleitoral na TV 30 dias antes de uma eleição primária e 60 dias antes de eleições gerais está animando os jornais americanos. Com a restrição à TV, os partidos certamente anunciarão mais na impressa escrita. "Haverá tanto dinheiro para gastar que eles usarão o correio, o telefone, e os jornais", prevê Peter Fenn, consultor publicitário para campanhas eleitorais. Segundo Todd Shields [Editor & Publisher, 15/2/02], os jornais ganham muito menos que as TVs com a política.
Correspondente do jornal britânico The Independent, Basildon Peta deixou o Zimbábue na quinta-feira (dia 14) dizendo temer por sua vida. Peta, secretário-geral da União de Jornalistas Zimbabuanos, foi detido no começo deste mês após organizar manifestação pacífica contra a aprovação da polêmica lei de imprensa. Liberado logo depois, o jornalista cruzou a fronteira para a África do Sul para ficar com mulher e filhos, dizendo correr perigo por estar sendo acusado sob o Ato de Segurança e Ordem Pública, aprovado recentemente, que prevê pena de morte ou prisão perpétua para condenados por "insurreição, roubo, sabotagem ou terrorismo". As informações são da CNN (15/2/02).
Foi proibida em três países (Malásia, Indonésia e Bangladesh) a última edição da revista Newsweek, por publicar a foto de um manuscrito turco mostrando o profeta Maomé. Segundo o sítio NewStraits Times (13/2/02), o vice-primeiro ministro malaio, Ahmad Badawi, declarou que o governo tirou a revista de circulação porque ela contraria leis que proíbem qualquer publicação com representações do profeta.