TELETIPO
Dois diretores de cinema iranianos foram alvo de censura por parte do governo de seu país ao tentarem exibir suas obras no Festival de Cinema de Veneza. Babak Payami teve seu filme Sokoote Beine Do Fekr (Silêncio entre dois pensamentos) confiscado quando tentava sair com ele do Irã. "Eles sequer o assistiram", reclama Payami, que, no entanto, conseguiu contrabandear cópia digital para exibi-la na prestigiada mostra italiana. Seu filme conta a história de um soldado do Talibã, no Afeganistão, que recebe a ordem de estuprar uma prisioneira condenada à morte, pois ela é virgem e, segundo a crença islâmica, as virgens sempre vão para o céu. Abolfazl Jalili não teve tanta sorte com seu Abjad (A primeira carta), que fala da paixão de um rapaz muçulmano por uma garota judia. Os funcionários do governo iraniano viram a fita e proibiram o diretor de sair do país. As informações são da Reuters [2/9/03].
A corretora de ações Collins Stewart Tullett está processando o britânico Financial Times por difamação porque o jornal publicou denúncia de James Middleweek, ex-analista da companhia, à Financial Services Authority (equivalente no Reino Unido à Comissão de Valores Mobiliários brasileira). O ex-funcionário declarou à autoridade reguladora de mercado que a Collins Stewart não separa os negócios que recomenda a clientes de seus próprios interesses e que ele teria sido despedido injustamente por estar fazendo recomendações "isentas demais". Heather Timmons, do New York Times [5/9/03], aponta que as leis inglesas de difamação são duras e que o diário, que já passa por má fase devido à queda nos anúncios, terá de pagar indenização se não conseguir provar que o que publicou é verdade.