Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

começa bem, UniverCidade atrapalha

COMERCIAL & EDITORIAL

JB
começa bem, UniverCidade atrapalha

Em apenas um mês a nova direção do Jornal do Brasil conseguiu oferecer a seus leitores sinais consistentes de revitalização. Com um par de matérias excepcionais em cada edição já começa a chamar a atenção. Uma delas saiu na quarta-feira (25/4), em seqüência ao abjeto "informe publicitário" sobre a separação do casal Suplicy, publicado pela Folha de S.Paulo.

Pela primeira vez um grande jornal dispôs-se a investigar quem pagou um anúncio veiculado por outro veículo. Inédito e revolucionário. Se a moda pega, os informes publicitários com financiamento clandestino têm os seus dias contados [veja remissões abaixo].

No entanto, o JB continua publicando informes publicitários que contrariam todas as normas éticas. Embora com patrocinador ostensivo (a UniverCidade, de propriedade do antigo "mago" das finanças Ronald Levinsohn), os anúncios bancados por instituição de ensino no JB são peças altamente opinativas em matéria política e freqüentemente difamatórias. Sempre a serviço dos interesses do homem que deu o rombo da Delfin e, ao que parece, continua dando outros rombos na boa-fé dos cariocas.

Anúncios, embora pagos, devem conformar-se às normas éticas vigentes no processo de comunicação social. Podem vender produtos, serviços e idéias. Mas, justamente por tratar-se de matéria paga, não podem exorbitar, não podem ofender, não podem atacar pessoas ou entidades que não dispõem dos mesmos recursos para pagar uma resposta. Este tipo de publicidade, duplamente danoso, vincula o jornal ao teor da mensagem faturada e compromete a sua credibilidade nas demais.

A auspiciosa reabilitação do JB pede normas compatíveis na política comercial [veja primeira nota do Diretório Acadêmico, nesta edição]

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