Thursday, 26 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Críticas a Doutor Morte

TELETIPO

O canal britânico ITV1 pretende exibir um documentário sobre o médico Harold Shipman ? o "Doutor Morte", condenado por assassinar pacientes com injeções de heroína ? dias antes da decisão judicial sobre o total de vítimas que ele fez. "Nenhum tempo seria certo para a exibição de tal documentário, mas a programação deste filme antes da revelação das descobertas da investigação só aumenta a agonia das famílias que esperam pelo veredicto", reclama um dos parentes, Jane Ashton- Hibbert. Segundo a Reuters [1/7/02], suspeita-se que Shipman matou mais de 297 pacientes ao longo de 20 anos.

Tribunal egípcio decidiu que o dramaturgo Ali Salem será reintegrado ao Sindicato do Escritores do Egito, do qual foi expulso em maio de 2001 por defender a paz entre Israel e o país. Além de se manifestar a favor do fim das hostilidades entre os dois povos, Salem mantém contato com intelectuais israelenses e publicou livro em 1994 sobre visita que fez ao estado judeu. "Estou muito satisfeito e aliviado porque a lei prevaleceu sobre os sentimentos precipitados de animosidade do sindicato", comemorou. Egito e Israel, após se enfrentarem em quatro guerras, assinaram acordo de paz em 1979. Segundo a AP [28/6/02], no entanto, as relações entre os dois países são frias.

O centro de pesquisas italiano Archivo Disarmo anunciou os vencedores deste ano da Colomba d?Oro per la Pace (pomba de ouro para a paz), prêmio concedido desde 1986. O correspondente italiano Ugo Tramballi foi premiado por sua cobertura do conflito no Oriente Médio para o diário Il Sole 24 Ore. Outro ganhador foi o diretor de cinema Danis Tanovic por sua sátira sobre a Guerra da Bósnia, Terra de ninguém. A ruandesa Yolande Mukagasana recebeu a Colomba em reconhecimento a seu trabalho pelo diálogo entre as partes envolvidas no genocídio que matou 500 mil pessoas em seu país, em 1994. As informações são da AP [1?/7/02].

A cooperativa de trabalhadores que controla o jornal Excelsior, que já foi dos mais importantes do México, decidiu vendê-lo, mas não informou data ou valor. A decisão foi motivada pelo não-pagamento de salários há quatro meses. Desde 1976, quando o então presidente Luis Echeverria armou um golpe na cooperativa, para diminuir o tom crítico das notícias, o diário vive distúrbios administrativos: em março de 2001, seu edifício na capital mexicana até foi invadido por ex-funcionários. Empregados que deixaram o Excelsior fundaram dois outros jornais, Unomasuno e La Jornada, além da revista noticiosa mais importante do país, Proceso. As informações são da AP [28/6/02].