TV GLOBO
“Traffic é favorita a comprar Globo no interior”, copyright Folha de S. Paulo, 29/08/02
“A agência de marketing esportivo Traffic, parceira da Record nas transmissões de futebol, deve comprar 90% de três afiliadas da Globo no interior de São Paulo. Inicialmente, a empresa negociava as emissoras de Sorocaba, São José dos Campos, Bauru e São José do Rio Preto, mas em nova negociação ontem de manhã uma dessas afiliadas foi descartada.
Amanhã, deverão ser finalizados contratos de compromisso de compra e venda. O valor da operação deverá ficar entre R$ 120 milhões e R$ 180 milhões, que serão pagos à vista.
A Globo, por meio de descendentes de Roberto Marinho, atualmente controla 100% do capital dessas quatro emissoras. Manterá 10% das quotas como garantia de que essas TVs continuarão afiliadas da rede.
Desde março, o Unibanco está intermediando a venda de 15 emissoras das 31 em que a família Marinho controla ou tem participação acionária. A Globo pretendia arrecadar cerca de US$ 150 milhões, para reduzir o endividamento do grupo, que tem prejuízos nas operadoras de TV paga.
Na disputa pelas afiliadas, a Traffic deverá derrotar concorrentes como a EPTV, TV Fronteira Paulista (Globo de Presidente Prudente) e uma empresa ligada a Gugu Liberato, do SBT. A EPTV deverá comprar 40% das quotas das afiliadas de Campinas, Ribeirão Preto, São Carlos e Varginha (MG), das quais já tem 50%.”
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“Globo reduz custos em 35% em quatro anos”, copyright Folha de S. Paulo, 31/08/02
“Os custos de produção de programas de entretenimento da TV Globo caíram 35% nos últimos quatro anos. Em 1998, uma hora de produção de novelas, humorísticos e programas de auditório custava em média R$ 247 mil. Neste ano, esse valor baixou para R$ 161 mil, por causa do aumento da produção e, principalmente, de política inédita de redução de gastos, implantada em 2001.
Os dados estão na edição deste mês do ?Aldeão?, jornal interno dirigido aos funcionários da emissora, que traz uma entrevista com Marluce Dias da Silva, diretora-geral da TV Globo, em comemoração do lucro e da audiência do primeiro semestre deste ano _recordes na gestão da executiva, a partir de 1998.
Segundo a publicação, o custo da hora de produção de programas jornalísticos e esportivos baixou 23,8%, de R$ 122 mil em 1998 para R$ 93 mil em 2002.
Na entrevista, Marluce afirma que ?é bobagem e até antiquado pensar que qualidade e racionalidade de custos são coisas antagônicas?. ?Nada gera tanto desperdício quanto a falta de qualidade?, diz. Segundo o ?Aldeão?, o número de horas de produção própria de entretenimento subiu de 1.705 em 1998 para 2.660 neste ano.
A executiva evita fazer projeções para 2003. Diz que o ?Brasil está destinado ao sucesso? e que o ?presidente eleito pode acelerar ou retardar esse processo. Mas não pode impedi-lo?.”
TV RECORD
“Record fora da Abert, de novo”, copyright O Estado de S. Paulo, 30/08/02
“Os recentes atritos entre Record e TV Globo, por causa das transmissões de jogos de futebol, podem fazer a emissora do Bispo Macedo deixar a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) nos próximos dias. Em parceria com a Traffic, a Record obteve os direitos do Campeonato Brasileiro, que são da Globo, e foi avisada de última hora que não teria mais as transmissões das partidas de quarta-feira, pois a rede dos Marinhos iria repassá-las para a TV paga. A Record voltou a integrar a Abert há poucos meses, mas já ameaça sair, pois entende que a entidade deveria interferir nessa briga. A Abert diz não ter sido ainda notificada.”