TELETIPO
O ex-deputado californiano Gary Condit entrou com processo contra os tablóides The National Enquirer, Globe e Star Magazine por causa de danos morais causados por matérias sobre seu envolvimento com a estagiária Chandra Levy, que desapareceu por meses até ser encontrada morta, em maio de 2002, num parque da capital americana. Ele admitiu ter tido um caso com ela, mas oficialmente não é suspeito pelo seu assassinato. O político democrata agora quer das publicações US$ 19 milhões pelos danos causados e mais US$ 190 milhões a título de punição. Seu advogado encaminhou documento de 45 páginas à justiça tentando demonstrar que os jornais, com finalidade comercial, não investigaram adequadamente o caso e pagaram para que fontes dessem falsos testemunhos. No texto são destacadas manchetes como "Congressista e estagiária. Chandra morta em enrolado jogo sexual!" Como reporta a AP [22/12/03], a publicidade negativa gerada pela morte de Chandra é o motivo principal para que Condit não conseguisse passar pelas eleições primárias de março de 2002, frustrando sua tentativa de reeleição.
Um tribunal superior londrino condenou o Wall Street Journal Europe a pagar US$ 53 mil ao empresário saudita Mohammed Jameel e mais US$ 18 mil à sua empresa, a Abdul Latif Jameel Company, por matéria de fevereiro de 2002, considerada difamatória. O texto era sobre a Autoridade Monetária Saudita, mas o juiz David Eady, determinou que o jornal não poderia mais reproduzir as declarações que foram alvo de processo. O caso foi um dos primeiros em que o réu recorreu, como defesa, a um novo princípio legal britânico, o "privilégio qualificado", segundo o qual um veículo de imprensa pode falar de assuntos de interesse público com a condição de fazê-lo com responsabilidade, segundo informação da edição americana do Journal [23/12/03]. A defesa não funcionou, mas a Dow Jones & Company, dona da publicação, prometeu recorrer.