DIRETÓRIO ACADÊMICO
CARTAS
DIPLOMAS
Muito se discutiu sobre a obrigatoriedade do diploma de jornalista para exercer certas funções em empresas de comunicação. Apesar de o tema ser abordado com (pouca) freqüência pelos próprios jornalistas, o que posso perceber é que se trata de um assunto quase "tabu" dentro da profissão. Segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em seu Artigo XIX, "Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras".
Esse direito é desrespeitado em todos os níveis: desde a legislação sobre os meios de comunicação, que sempre criou mecanismos que dificultam a existência das rádios e TVs comunitárias, até a famosa Lei de Imprensa, conhecida de todos. O direito de transmitir informações e idéias não se aplica a todas as pessoas!
Esse tema deveria ser pauta constante no O.I., permitindo a discussão do assunto por todos os que são favoráveis e contrários à exigência do diploma de jornalista, inclusive reproduzindo textos e artigos sobre o assunto. Será que o tema, que tanto incomoda a aqueles que fecham os olhos à existência do corporativismo na profissão de jornalista (principalmente sindicatos e universidades), continua sendo pouco tratado pela própria imprensa em função de outros assuntos mais relevantes? Ou sua ocorrência, ou "falta de’, se deve ao incômodo que o assunto representa?
O profissionais que buscam divulgar e criticar acontecimentos relevantes em nossa sociedade não deveriam também criticar as instituições e suas regras? Ou algumas instituições estariam acima disso?
Espero que minha mensagem possa servir para estimular outros leitores a enviar comentários sobre o assunto. Atenciosamente,
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