FRANÇA
A decisão da Liga Francesa de Futebol de ceder direitos exclusivos de transmissão para o Canal Plus, maior emissora de TV por assinatura da França, pelos próximos três anos, gerou protesto da TF1, maior TV comercial do país. Patrick Le Lay, presidente da TF1, disse que foi tratado de forma injusta no leilão dos direitos e que a cessão de monopólio de transmissão vai contra leis de livre concorrência. Prometeu recorrer a organismos reguladores do mercado.
O Canal Plus, que pertence à endividada Vivendi Universal, pagará entre 430 milhões e 480 milhões de euros por ano, segundo o acordo. É bem mais do que vinha pagando anteriormente, mas o negócio é crucial para sua sobrevivência, pois um quarto de sua audiência provém do futebol. O governo francês está preocupado com o aumento, pois o Canal Plus é importante patrocinador do cinema nacional e poderia cortar estes subsídios para compensar o gasto com o esporte.
Segundo a Reuters [17/11/02] as duas emissoras ainda teriam de negociar a transmissão para pay-per-view, mas a TF1 não quer discutir o assunto enquanto a disputa maior não for resolvida adequadamente. O presidente da Liga, Frederic Thiriez, rejeitou reclamações do canal preterido e afirmou que os clubes iriam se beneficiar do dinheiro adicional conseguido do Canal Plus, o que é importante nesta fase financeira ruim por que passa o futebol em toda Europa.